Depois da Olimpíada e da Paralimpíada, o Parque Olímpico vai sofrer uma mudança considerável. Das sete arenas construídas, duas temporárias serão desmontadas, três farão parte de um centro de treinamento de alto rendimento ao lado de outras duas que já existiam, uma vai virar escola, e a outra vai servir como casa de eventos ou treinamento de atletas.
No último dia 4 de agosto, Prefeitura do Rio e Ministério do Esporte apresentaram em conjunto o plano de legado do Parque Olímpico e do Complexo Esportivo de Deodoro, as duas principais áreas de competição da Rio 2016. Tratava-se de uma determinação do Ministério Público Federal, que até esta data exigia detalhes do plano apresentado ano passado pelo município. Na ocasião, não havia a participação da União, em um momento em que a relação entre os dois entes andava estremecida em relação ao legado.
A Prefeitura lançou no dia 30 de junho um edital de parceria público-privada (PPP) concedendo a gestão, operação e manutenção das arenas que permanecerem no Parque Olímpico por 25 anos. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, quatro empresas demonstraram interesse em conhecer o processo. Isso, no entanto, não quer dizer que elas enviarão propostas para disputar a licitação.
De qualquer forma, a Prefeitura já assumiu um custo de R$ 13 milhões por ano para manutenção das estruturas. A Via Olímpica, por onde os torcedores circularam durante os Jogos Olímpicos, vai virar uma área de lazer aberta ao público. No restante da área serão construídos condomínios residenciais.
Saiba o que está planejado para cada instalação do Parque Olímpico:
Arena Carioca 1 - o local das partidas de basquete da Olimpíada é considerado o de maior atração para a PPP. Pode abrigar competições e espetáculos e tem capacidade para 10 mil pessoas.
Arena Carioca 3 - será o Ginásio Experimental Olímpico (GEO), escola para mil crianças em horário integral, com ênfase na educação esportiva.
Arena do Futuro - a sede do handebol da Olimpíada e do goalball da Paralimpíada será desmontada e vai virar quatro escolas. Três serão na Zona Oeste - nos bairros de Camorim, Cidade de Deus, e Anil - e uma em São Cristóvão, na Zona Norte. Segundo a Prefeitura, o custo de desmontagem do material da arena foi descontado do valor da obra da instalação.
Estádio Aquático - a piscina onde Michael Phels se despediu dos Jogos Olímpicos vai virar dois parques aquáticos. Um vai para Madureira, e outro para Campo Grande.
Arena Olímpica - local das ginásticas artística e rítmica dos Jogos Olímpicos foi concedido por mais 30 anos para a iniciativa privada. Desde que foi construído para o Pan de 2007 serviu mais como casa de shows do que arena esportiva. Do lado de fora será construída uma pista de atletismo e um alojamento montado com material da construção do IBC.
Arena Carioca 2, Centro de Tênis, Velódromo e Parque Aquático Maria Lenk - farão parte do Centro de Treinamento para atletas de alto rendimento. O Maria Lenk havia sido construído para o Pan de 2007. Serão geridos por uma parceria entre Prefeitura, Ministério do Esporte e Comitê Olímpico do Brasil (COB).
PARTE DEODORO SERÁ GERIDA PELO EXÉRCITO
O Complexo Esportivo de Deodoro será gerido pelo Exército e entidades esportivas. A manutenção está estipulada em R$46 milhões por ano. Apenas o Parque Radical será gerido pela Prefeitura. Dele fazem parte as pistas de ciclismo BMX e bike, e do circuito de canoagem slalom, que vai dividir as atividades com o piscinão para os moradores das redondezas.