Rubens Barrichello disse que seu companheiro de Williams, Nico Hulkenberg, aproveitou melhor as condições da pista, molhada em alguns pontos e seca em outros, para cravar a pole position para o Grande Prêmio do Brasil, mas que há pouca esperança de vitória no domingo.
O brasileiro terminou o treino classificatório em sexto lugar e afirmou que estava muito satisfeito com a primeira colocação do alemão.
"Essas condições estão lá para você abraçar, e ele (Hulkenberg) abraçou melhor do que todo mundo", disse Barrichello a jornalistas neste sábado.
"Você tem que saber bater palma quando você deixou de ganhar. Meu companheiro foi muito bem e ele é muito bom nessas condições."
"Estou super contente... porque tem aqueles rumores que acontecem durante toda a temporada e eu acho que ele merece estar na Fórmula 1 e espero que ele esteja na Fórmula 1 no ano que vem", completou o brasileiro.
A Williams não divulgou sua dupla de pilotos para o próximo ano, e há especulações de que Barrichello e Hulkenberg poderiam perder suas vagas para pilotos que trouxessem patrocínio para a equipe.
O brasileiro disse que se "vê na equipe" em 2011, mas que a Williams é quem vai decidir o futuro dele. Barrichello já declarou que não negocia com nenhuma outra escuderia e, se perder o lugar na equipe inglesa, poderá encerrar sua carreira de 18 anos na F1.
VOLTA À NORMALIDADE
Barrichello afirmou que não conseguiu uma volta melhor no treino deste sábado em Interlagos, seu circuito favorito, porque saiu da pista e demorou a encontrar a temperatura ideal para os pneus.
"Quando eu saí do boxe, saí atrás do (Lewis) Hamilton e por alguma razão ele estava segurando o ritmo. Eu fiquei um pouco para trás e na minha primeira tentativa saí da pista, e aí eu perdi temperatura, então foi uma guerra tentando devolver essa temperatura para o pneu", explicou.
"Estar entre os seis primeiros é melhor do que a gente almejava no seco", completou ele.
Para a corrida de domingo, a previsão é de tempo seco, o que torna muito difícil uma vitória da Williams, segundo o piloto paulista, de 38 anos.
"Temos que manter os pés no chão. Essa é uma condição extra (pista molhada) e amanhã volta à normalidade."
Ele indicou que seu carro pode estar em condições melhores para a pista seca do que a do companheiro, porém descartou brigar pelas primeiras posições. "Teoricamente a gente não tem carro para vencer. Nossa melhor colocação no ano foi quarto."