A desastrada demissão de Jayme de Almeida custará ao Flamengo cerca de R$ 500 mil. É o que o ex-treinador vai cobrar na próxima segunda-feira, data marcada para uma reunião na Gávea para assinar a rescisão. O valor corresponde a dois meses de direito de imagem, somados às verbas indenizatórias obrigatórias pela legislação trabalhista.
Desde que era auxilar, em 2010, Jayme tinha um contrato como funcionário do clube por tempo indeterminado. Ao assinar a renovação no fim de 2013, após o título da Copa do Brasil, foi efetivado treinador e passou a receber R$ 80 mil de direito de imagem, além dos R$ 120 mil na carteira de trabalho.
O novo acordo tinha duas partes. Uma com validade até o fim de 2015 para receber a imagem, que previa o pagamento de dois meses do direito em caso de demissão. Na outra, foi mantido o vínculo como funcionário, com aumento, mas sem prazo para terminar.
O distrato dessa parte do acordo prevê o pagamento de aviso prévio, férias e outros encargos sobre a remuneração de R$ 120 mil.
Jayme irá ao encontro acompanhado de seu empresário, Fábio Brito, e um advogado. O agente, no entanto, descartou a hipótese de entrar com uma ação na Justiça por constrangimento depois da humilhação causada pela diretoria do Flamengo, mas disse que o treinador vai atrás de seus direitos.
? Vamos fazer a coisa correta. O que está acordado, vamos cobrar. Não tem rancor ? garantiu.
Mas a demissão ainda dói. Zico, amigo do técnico, criticou a postura dos dirigentes, avessos à presença dos ídolos no Flamengo.
? As pessoas que estão lá muitas vezes não representam o clube ou não querem ver alguém crescer lá dentro. Fizeram comigo, com o Andrade, agora com o Jayme ? disse o eterno camisa 10.