Demissão de Adriano por justa-causa volta a pauta no Flamengo

Diretor se desgasta sozinho com as indisciplinas do atacante. Justa-causa chega a voltar à baila, mas presidência teria de se posicionar

Um dia após faltar pela quarta vez, Adriano sorri em treino do Fla | Reprodução
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Antes mesmo de faltar ao treino físico de terça-feira à tarde marcado para uma academia na Barra da Tijuca, Adriano já levara três advertências, o que dá ao Flamengo o direito de demitir o atacante por justa-causa, com base em cláusula contratual. Isolado e extremamente exposto no futebol, Zinho segura o caso como se fosse uma granada sem pino. Mas não vai explodir somente na mão do diretor. Qualquer decisão mais enérgica ou novas explicações sobre o destino do Imperador serão divididas com a presidente Patricia Amorim. Mas, até o momento, sobrou apenas para Zinho ter que se expor para desarmar a "bomba" Adriano, um caso sempre muito delicado por se tratar de um ídolo de grande parte da torcida.

Com a nova ausência, uma possível demissão entrou outra vez em pauta, não só no departamento de futebol, mas também em outros setores do clube. Entretanto, num ano com eleições presidenciais no Flamengo, qualquer ação pode gerar uma reação nas urnas e arquibancadas. Por isso, a tendência é que o futuro de Adriano só seja decidido ao término do contrato, no dia 21 de dezembro.

Zinho vive situação que remete à que foi enfrentada por Vanderlei Luxemburgo em 2011. Ao deixar o Roma, Adriano revelou seu desejo de retornar ao Flamengo. Quase todas as alas do clube eram contrárias à ideia, mas sobrou para Luxa o desgaste de ter que se expor para, repetidas vezes, dizer que o jogador não se enquadrava na filosofia de momento.

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