De volta à seleção, Ronaldinho reencontra a Gana em setembro

Até mesmo o jeito irreverente de comemorar de Ronaldinho deu o ar da graça na festa do título sub-17

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Ronaldinho Gaúcho já fez 93 jogos com a camisa da Seleção Brasileira. Foram 60 vitórias, 22 empates e 11 empates, com aproveitamento de 67,5%. Experiências únicas pelo time canarinho, gols importantes, inclusive em Copas do Mundo, e dois duelos marcantes contra Gana, adversário que vai marcar o seu retorno, no dia 5 de setembro, em Londres.

No primeiro, Ronaldinho sequer imaginava escrever uma história vitoriosa na equipe principal. Em 1997, no Mundial Sub-17, R10 foi um dos destaques da equipe que venceu Gana por 2 a 1 e conquistou o caneco (veja os lances no vídeo acima). E naquele duelo diante dos africanos, no Egito, ele foi fundamental. Até parecia prever o triunfo após o gol de empate, marcado por Matuzálem. O outro foi de Andrei.

- Mãe, nós vamos ganhar - gritou o jogador para a câmera instalada atrás de um dos gols. Parecia prever o sucesso de uma carreira de triunfos pela Seleção.

Até mesmo o jeito irreverente de comemorar de Ronaldinho deu o ar da graça na festa do título sub-17. Na empolgação, o jogador puxou a roda com o seu molejo. Mas o duelo mais importante diante dos africanos ainda estava por vir. Na Copa do Mundo de 2006, nas oitavas de final, Gana cruzou o caminho da Seleção mais uma vez. Triunfo por 3 a 0.

Mas a carreira de Ronaldinho na Seleção não foi marcada apenas pelos duelos diante de Gana. R10 foi decisivo na Copa do Mundo de 2002. Nas quartas de final, no triunfo por 2 a 1 sobre a Inglaterra, o atacante deu o passe para o gol de Rivaldo e marcou, meio que sem querer, o que classificou à equipe para as semifinais do torneio. No entanto, no duelo, ele acabou expulso. Foi oseu primeiro cartão vermelho defendendo o Brasil.

A estreia de Ronaldinho com a amarelinha principal foi em 1999, sob a batuta de Vanderlei Luxemburgo. A primeira vez foi na vitória por 3 a 0 sobre a Letônia. No jogo seguinte, já pela Copa América, disputada no Paraguai, goleada por 7 a 0 sobre a Venezuela e um gol antológico, após chapéu no zagueiro (veja o lance no vídeo ao lado). O cartão de visitas estava dado aos torcedores e aos adversários.

De lá para cá, Ronaldinho colecionou altos e baixos pela Seleção. Após a Copa de 2002, a expectativa era a de que R10 se tornasse a principal referência do grupo. Não foi bem o que aconteceu. No Mundial de 2006, fiasco após derrota por 1 a 0 para a França, nas quarta de final, na Alemanha. O prestígio ficou abalado. Dunga, o novo comandante, preferiu dar uma geladeira no atacante, que chegou a amargar o banco de reservas.

Às vésperas do Mundial de 2010, Ronaldinho não era o mesmo. Dunga fechou o grupo com os 23 preferidos, e R10 não estava entre eles. Ficou fora de sua terceira Copa. O retorno só aconteceu com Mano Menezes, em novembro do ano passado. E não foi como o esperado. Derrota por 1 a 0 para a Argentina, em Doha, no Qatar, com um gol de Lionel Messi.

Com a amarelinha, Ronaldinho marcou 32 gols. Foram oito de pênalti e seis de falta. Estados Unidos, Haiti e Arábia Saudita foram os que mais sofreram, tendo as redes balançadas três vezes cada 10. E Gana já sofreu com o atacante? Ainda não. Mas é tudo o que o técnico Mano Menezes espera do craque do Flamengo: gols e uma boa atuação.

- Penso que o Ronaldinho é o jogador que reúne as maiores condições de estar na Copa do Mundo. Ele é um jogador inteiro. Você não tem notícia na trajetória do Ronaldinho de lesões graves. Ele não é um atleta de ficar fora dos jogos e vem comprovando isso no atual momento. O vejo de forma definitiva nesse processo da Seleção. Acredito que ele possa liderar os jogadores mais jovens, que possa agregar valores que precisamos ? analisou Mano.

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