Clodoaldo Silva foi vencido pela dor e desistiu de disputar a final dos 200m livre da classe S5. Na raia 4 da piscina do Centro Aquático de Londres, Daniel Dias nadou por ele e pelo compatriota que o inspirou a competir na natação. Melhor colocado na fase classificatória, o paulista repetiu o desempenho na disputa de medalhas e, com 2m27s83, conquistou seu segundo ouro nas Paralimpíadas, com direito a quebra do recorde paralímpico. Na quinta-feira, o atleta já havia batido o recorde mundial nos 50m livre.
O resultado deixa Daniel ainda mais perto de se tornar o maior atleta paralímpico do Brasil em todos os tempos. O nadador de 24 anos já coleciona 11 medalhas nos Jogos e precisa de mais duas para igualar o recorde de Clodoaldo e da velocista Ádria Santos.
A prova
Daniel saiu do bloco de partida pouco à frente do espanhol Sebastian Rodriguez, mas já na primeira virada abriu boa vantagem sobre o rival, 31 anos mais velho que ele. A cada trecho o brasileiro se distanciava ainda mais dos rivais, duelando apenas contra o cronômetro para superar seu próprio recorde mundial (2m26s51). O paulista chegou perto, mas teve que se contentar com "apenas" o recorde paralímpico: 2m27s83. Não importava. Era o suficiente para garantir a segunda medalha de ouro dele nos Jogos.
Sebastian Rodriguez, o adversário que fez sombra a Daniel no início da prova, conquistou a medalha de prata com a marca de 2m43s11, apenas três centésimos mais baixa que a do americano Roy Perkins (2m43s14), medalha de bronze.
Joaninha chega em sexto na versão feminina da prova
Joana Maria Silva, mais conhecida como Joaninha, terminou em sexto lugar nos 200m livre feminino da classe S5. A brasileira completou a distância em 3m17s43, à frente de adversárias da Holanda e da Hungria. O ouro foi conquistado pela norueguesa Sarah Louise Rung, que bateu em primeiro com 2m49s74. A espanhola Teresa Perales, com 2m:51s79, e a israelense Inbal Pezaro, com 2m56s11, completaram o pódio.