Quem acompanha o MMA há pouco tempo ou quem é mais próximo apenas do UFC deve ter estranhado quando esse nome surgiu: Hector Lombard. Cubano naturalizado australiano, mas atualmente morando nos EUA, ele está com a faca e o queijo na mão para ser o próximo rival de Anderson Silva na disputa do cinturão dos médios.
Mas como um cara tão pouco conhecido pode estar tão próximo de lutar pelo cinturão do principal nome do esporte?
Aos 34 anos, Lombard faz sua estreia no UFC neste sábado, depois de anos de sondagens e especulações. Ele enfrenta Tim Boetsch na edição 159 no Canadá e Dana White já avisou que se vencer e vencer bem, será rival do campeão dos médios.
Essa rápida, para não falar imediata, ascensão do cubano acontece principalmente por um motivo: a falta de rivais para Anderson Silva entre os médios do UFC. Com o brasileiro enfileirando vitórias, Dana White se vê obrigado a buscar lutadores de outros eventos para preencher essa lacuna.
Já aconteceu processo semelhante com Georges St-Pierre, entre os meio-médios. Também sem rivais, Dana trouxe Jack Shields, campeão do Strikeforce, para enfrentá-lo, o que aconteceu após apenas uma luta no UFC. (GSP venceu Shields em 2011.)
Hector Lombardi vem referendado por um belíssimo cartel e pelo cinturão dos médios do Bellator, principal torneio concorrente do Ultimate na atualidade. Ele tem 35 lutas profissionais com 31 vitórias, sendo 17 por nocaute e 7 por finalização. São apenas duas derrotas, ambas pelo Pride. Mais que os bons resultados e os títulos, ele tem grandes atuações que chamaram a atenção do UFC.
Judoca de origem, desertou da seleção de Cuba em 2000 depois de disputar a Olimpíada de Sydney e ficou na Austrália, onde até se naturalizou. Lá se tornou faixa-preta de jiu-jítsu e iniciou sua carreira no MMA e conquistou muitos títulos. Atualmente, mora nos Estados Unidos onde treina na famosa equipe American Top Team, comandada por brasileiros.