CPI vai investigar manipulação das apostas no futebol; equipe em construção

Os parlamentares terão a tarefa de eleger o relator, o presidente da CPI e definir a composição da mesa, a fim de dar início às primeiras ações investigativas.

CPI vai investigar manipulação das apostas no futebol; equipe em construção | Divulgação
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dedicada a investigar a manipulação de resultados nas apostas no futebol tem sua instalação agendada para a próxima terça-feira (16), em Brasília. O deputado federal Felipe Carreras, do partido PSB-PE, foi designado para ser o relator da CPI e está se preparando para montar sua equipe e iniciar os trabalhos.

Os parlamentares terão a tarefa de eleger o relator, o presidente da CPI e definir a composição da mesa, a fim de dar início às primeiras ações investigativas. O deputado Carreras já fez um convite ao ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, para se juntar ao grupo de investigação parlamentar.

Bandeira, filiado ao PSB-RJ, recentemente apresentou o Projeto de Lei 515/2023, que propõe penas mais severas para profissionais esportivos envolvidos em manipulação de resultados. O projeto ainda será discutido na Frente Parlamentar pela Modernização do Futebol, que foi criada após o recolhimento de assinaturas de parlamentares e senadores em Brasília.

O Projeto de Lei proposto pelo ex-dirigente do Flamengo visa modificar o Estatuto do Torcedor, que atualmente estabelece uma pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa, para o crime de fraude ou contribuição para a fraude em resultados de jogos ou eventos esportivos. A proposta busca aumentar a pena de 1/3 até a metade quando o crime é cometido por um atleta profissional, árbitro, auxiliar ou árbitro de vídeo.

Operação Penalidade Máxima

As investigações tiveram início no final do ano passado, quando o volante Romário, jogador do Vila Nova-GO, teria aceitado uma oferta de R$ 150 mil para cometer uma falta intencional durante uma partida contra o Sport, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B. Romário teria recebido um adiantamento de R$ 10 mil e os R$ 140 mil restantes seriam pagos após o jogo. No entanto, como não foi escalado para jogar, ele tentou persuadir seus colegas de time a participarem do esquema, mas não obteve sucesso.

A história acabou vazando e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, que também é um policial militar, iniciou uma investigação interna e reuniu evidências para entregá-las ao Ministério Público de Goiás. A primeira denúncia, feita há dois meses, mencionava três jogos suspeitos na Série B do ano anterior. No entanto, conforme divulgado pelo ge, havia suspeitas de que o escândalo envolvia um número ainda maior de partidas, abrangendo diversas competições, o que ampliaria o alcance da investigação para nível nacional. E é exatamente isso que ocorreu, com as suspeitas agora alcançando a Série A do futebol brasileiro.

Meionorte.com

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