Os jogadores Eduardo Bauermann, do Santos, e Marco Vinícius Alves Bezerra, o Romário, não foram localizados para prestar depoimento à CPI da Manipulação do Futebol. Os parlamentares planejavam que os dois indivíduos comparecessem à reunião marcada para esta terça-feira (13). Ambos já haviam passado por julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Os requerimentos solicitando a convocação de Bauermann e Romário colocaram ambos como investigados, o que os torna obrigados a comparecer à comissão. Embora tenham o direito de permanecer em silêncio, eles não podem recusar-se a comparecer à CPI. Se eles optarem por não colaborar, a comissão pode recorrer a medidas de condução coercitiva para garantir que a dupla compareça à Câmara.
No caso de Bauermann, sua defesa protocolou um habeas corpus no STF na sexta-feira, solicitando que ele não seja obrigado a prestar depoimento, alegando que o caso já está sendo investigado pela Justiça de Goiás. Nesta segunda-feira, o pedido foi distribuído para o relator André Mendonça.
Segundo o presidente da CPI, deputado Júlio Arcoverde (PP/PI), devido à falta de resposta de ambos, os dados deles foram encaminhados à Polícia do Senado. Será realizada uma busca no banco de dados da Polícia Legislativa para localizar contato atualizado de Bauermann. Caso não seja possível encontrá-lo, a CPI tomará as medidas necessárias junto a Polícia Federal para conduzi-los à comissão.
Embora Eduardo Bauermann e Romário estejam com o paradeiro desconhecido, a reunião da CPI continua marcada para esta terça-feira. A mesma contará com uma audiência pública com a presença de Ronei Ferreira de Freitas, atual presidente da Federação Goiana de Futebol, Cleyton Pereira dos Anjos, ex-presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Goiás, e Júlio César Garcias, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás.
A convocação para que os jogadores e outras aproximadamente 40 pessoas prestem depoimento foi discutida e aprovada na terça-feira passada. Esta será a segunda reunião da CPI a contar com depoimentos, seguindo a primeira, que incluiu o testemunho do presidente do Vila Nova, que denunciou o esquema de manipulação de resultados, além da participação de dois representantes do Ministério Público de Goiás.