Dos seis reforços anunciados pelo Corinthians para o segundo semestre, apenas o goleiro Carlos Miguel, de 22 anos, ainda não foi apresentado. Apontado como o mais alto do Brasil na posição, o jogador de 2,04 metros assinou até o fim de 2023.
Se o futuro no Timão é cercado de esperança para Carlos Miguel pela chance de poder treinar ao lado de Cássio e pela expectativa criada na conversa com a diretoria antes da rescisão de contrato com o Internacional, o passado traz lembranças pesadas de uma vida marcada por um drama familiar.
Carlos Miguel em treino do Corinthians — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Segundo informações da família e de pessoas próximas ao goleiro, ninguém jamais foi preso, e o crime nunca foi solucionado. Mas especula-se que a execução da família (inclusive das crianças) tenha sido encomendada por desafetos. Algo que sempre gerou insegurança em Carlos Miguel e no irmão.
O episódio provocou traumas e dificuldades de relacionamento para Carlos Miguel ao longo de toda a juventude e exigiu, nos últimos anos, um acompanhamento com um psicólogo.
Na infância traumática, o que dava a Carlos Miguel a motivação para mudar sua história era o futebol. Desde sempre uma criança grande, adotou a função de goleiro logo cedo para tentar repetir os passos do pai, José Cláudio Zaquieu Pereira, que foi goleiro do Botafogo nos anos 70.
José Cláudio, pai do goleiro Carlos Miguel, pelo Botafogo nos anos 70 — Foto: Arquivo pessoal