O Corinthians apresentou à Justiça de São Paulo um plano para pagar R$367 milhões em dívidas cíveis e trabalhistas ao longo dos próximos dez anos. O valor faz parte do processo de Regime Centralizado de Execuções (RCE), que o clube busca desde o fim de 2023 para organizar suas finanças e evitar bloqueios judiciais. A proposta ainda precisa ser aprovada pela Justiça para entrar em vigor.
O clube pretende destinar 4% de suas receitas recorrentes, como direitos de TV e patrocínios, ao pagamento dos credores. Além disso, 5% das receitas com vendas de jogadores serão direcionados para leilões reversos, onde credores que aceitarem maiores descontos terão prioridade no recebimento. O objetivo é quitar 60% da dívida em seis anos.
dívida do timão
O Corinthians enfrenta atualmente um endividamento total de R$ 2,4 bilhões, dividido entre R$ 817 milhões em dívidas tributárias, R$ 677 milhões do financiamento da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal, e R$ 926 milhões em débitos cíveis e trabalhistas, dos quais os R$ 367 milhões estão listados no RCE.
Plano financeiro
O plano prevê prioridade de pagamento para idosos, pessoas com doenças graves e credores com valores inferiores a 60 salários-mínimos. Também haverá benefícios para os chamados "credores parceiros", que continuarem prestando serviços ao clube após o início do RCE, recebendo metade dos valores das parcelas distribuídas.
Com a aprovação do plano, o Corinthians espera obter maior previsibilidade no fluxo de caixa e se livrar dos bloqueios judiciais que vêm prejudicando suas finanças. A direção do clube considera o RCE um passo essencial para a reestruturação financeira e acredita que, mesmo diante das dificuldades, é possível superar a crise com a implementação do plano.