ATUALIZADO ÀS 11h05
Casillas exibe a taça antes da abertura da Copa
Casillas é o escolhido para ser o guardião da taça de campeão do mundo no gramado do Lujniki. O goleiro foi a capitão da Espanha quando a Roja conquistou o troféu em 2010 - por isso, pode tocá-la sem problemas, uma vez que somente os campeões do mundo têm esse direito.
A Cerimônia de abertura da Copa do Mundo 2018 acontece nessa quinta-feira (14) e o duelo entre Rússia e Arábia Saudita, que dará início ao Mundial. O evento está marcado para as 11h30 (de Brasília), e a bola rola no Estádio Olímpico Lujiniki às 12h. Fique ligado!a cerimônia de abertura e o duelo entre Rússia e Arábia Saudita, que dará início ao Mundial. O evento está marcado para as 11h30 (de Brasília), e a bola rola no Estádio Olímpico Lujiniki às 12h.
Copa do Mundo chega ao Leste Europeu e se rende à tecnologia
Os tradicionais quatro anos de demorada espera chegaram ao fim e a bola vai rolar para dar início à Copa do Mundo da Rússia. Começa nesta quinta um Mundial que tem a inovação como ponto forte - desde o seu local de realização até a incorporação da tecnologia no futebol de forma nunca antes vista na história do torneio. A primeira Copa no Leste Europeu será inaugurada por um duelo menos atrativo tecnicamente entre a seleção anfitriã e a Arábia Saudita, às 12h (de Brasília), no Estádio Lujniki.
A correspondente internacional do Grupo Meio Norte de Comunicação, Socorro Sampaio, que está direto de Sochi, na Rússia, afirmou durante sua entrada no programa Bom Dia Meio Norte, que hoje a seleção brasileira vai fazer seu penúltimo treino antes da estreia e o último treino aberto para a imprensa.
Socorro Sampaio conversou com a imprensa internacional que acompanhou o treino da seleção. De acordo com a italiana Francesca, o Brasil tem grandes chances do título.
“Brasil tem o favoritismo do publico, é a seleção mais amada. O caminho do Tite é muito bom, é um treinador que conhece muito do futebol europeu é uma posição muito importante para quem quer ganhar”, afirmou.
O jornalista inglês Henry Scoth, afirmou que espera um duelo entre Brasil e Alemanha. “Eu acredito que o Brasil tem um bom time, um time melhor que o de 2014 que conseguiu deixar para trás o que aconteceu na última copa, também acho que a Alemanha tem um time forte e se o Brasil enfrentar os alemães na Rússia será uma partida bem interessante”, disse.
Rússia "de coração aberto"
A Copa do Mundo deixou para trás o Brasil - onde já havia desembarcado em 1950 - para chegar à Rússia pela primeira vez. O país-sede inédito deu ao torneio a oportunidade de ultrapassar uma barreira histórica e ser realizado na parte oriental da Europa, continente que mais recebeu Mundiais ao longo da história - abrigará a competição pela 11ª vez. E o local de realização trará ao evento esportivo um cara bem diferente.
Nos 12 estádios espalhados em 11 cidades diferentes ao longo do território russo, o alfabeto cirílico usado no país e o idioma certamente darão um pouco mais de trabalho para os visitantes, que poderão conhecer uma cultura que por muito tempo esteve exatamente do lado oposto ao Ocidente, no período da Guerra Fria. As seleções viajarão entre locais que vão desde a capital Moscou, com cultura futebolística vasta e quatro clubes tradicionais no país, até Kaliningrado - que fica fora da extensão territorial da Rússia, localizada entre a Polônia e Lituânia.
Maior país do mundo, a Rússia será palco de um Mundial que terá quatro fusos-horários diferentes. Kalingrado, por exemplo, está a cinco horas de diferença do horário de Brasília, enquanto Moscou e a maioria das sedes está seis horas à frente. Ecaterimburgo, entretanto, está oito horas adiantada com relação ao Brasil, sendo a sede mais oriental da Copa do Mundo, seguida por Samara, sete horas à frente.
Curiosamente, a Copa desembarca no antigo território soviético justamente em um momento de relacionamento conturbando entre o governo de Vladimir Putin e as principais potências do outro lado do mundo - por momentos como as crises da Ucrânia e da Crimeia, o envolvimento nos confrontos da Síria e nas eleições dos Estados Unidos e a acusação de envenenamento de um ex-agente na Inglaterra.
“Para nosso país, é uma grande alegria e honra receber os representantes desta grande família internacional do futebol. Vamos oferecer a vocês uma celebração real, preenchida com paixão esportiva e fortes emoções. Espero que vocês tenham memórias definitivas não só dos jogos e dos melhores times e jogadores, mas de conhecer a cultura diferente, histórica única, hospitalidade e pessoas amigáveis da Rússia. Fizemos de tudo para assegurar que nossos convidados, atletas e torcedores se sintam em casa na Rússia. Nós abrimos nosso país e nosso coração”, disse o presidente Vladimir Putin em vídeo feito para os visitantes.
Por adotar uma postura um tanto quanto controversa e ser sempre lugar de destaque na política mundial, a Rússia adotou protocolos de segurança rígidos para a Copa do Mundo, quando milhares de turistas de centenas de países estarão na região. Além do investimento em detectores de metais e outros equipamentos espalhados por estádios e hotéis, uma saída do governo russo para "marcar" de perto os visitantes foi a criação do Fan ID - documento que contém todas as informações dos torcedores e de uso obrigatório para aqueles que estarão nos locais das partidas.
Copa mergulha na era da tecnologia
Apesar de estar sendo realizada em uma região inédita, a Copa de 2018 tem como inovação mais chamativa - e polêmica para muitos - o uso definitivo da tecnologia nos gramados. Há quatro anos, no Brasil, a Fifa decidiu dar um passo importante neste caminho ao adotar a tecnologia da linha do gol, mas, na Rússia, avançará bastante nesta trajetória ao dar espaço ao sistema do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês).
Enquanto a tecnologia da linha do gol era automática e funcionava através de um chip na bola, sem a interferência humana, o VAR tem um conceito bem diferente, e por isso causa mais polêmica. No Mundial deste ano, os árbitros terão a opção de rever lances de gols, pênaltis, cartões vermelhos e erros de identificação e mudar suas decisões iniciais. Tudo isso, auxiliados por uma equipe que ficará em uma cabine fechada e repletas de telas com os replays das câmeras no estádio.
O juiz campo continuará sendo a autoridade máxima da partida, mas poderá receber a orientação direta do árbitro assistente de vídeo, através de um ponto eletrônico. A partir daí, caberá a ele ouvir "cegamente" a opinião da equipe que não está no campo ou rever o lance à beira do gramado, em uma tela à qual somente ele terá acesso. Os árbitros no campo também poderão, de forma espontânea em caso de dúvida, pedir a ajuda do VAR.