A comissão técnica de Tite comandou a seleção brasileira em duas Copas do Mundo. Em ambas, optou por não levar um psicólogo do esporte “A cultura dos treinadores brasileiros ainda é refratária às questões psicológicas”. disse o doutor João Ricardo Cozac, Presidente da Associação Paulista de Psicologia do Esporte.
“As categorias de base da seleção têm trabalho psicológico, mas por algum motivo interno na CBF, a principal não tem. O Tite normalmente fala que é por causa de tempo. Talvez ele não conheça o modelo de grandes seleções”, completa, em entrevista à Betway, site de apostas esportivas.
Holanda, França e Inglaterra são exemplos de equipes que têm um departamento de psicologia com vários profissionais e um chefe de departamento, que trabalham junto às seleções principais não apenas na Copa do Mundo, mas durante todo o processo.
Sem um psicólogo, a comissão técnica do Brasil utilizou outras maneiras de conversas com os atletas. Espalharam frases como “Mentalmente fortes” e “Aproveitem o momento de confiança” no Centro se Treinamento do Brasil no Catar. Na sala de musculação, estavam estampadas palavras como coragem, equilíbrio, força e determinação. Tudo em verde e amarelo. Estratégia que não empolga o especialista: “Isso é a velha guarda do futebol brasileiro. É impessoal. Às vezes o atleta não está em um bom dia, ou está convivendo com uma pressão que precisa de um trabalho diferente de uma simples conversa com o treinador.
Doutor João Ricardo afirma também que Casemiro tem mais perfil de capitão do que Thiago Silva: “Principalmente no contexto da comunicação, do controle emocional, da segurança e da consistência em campo. O Casemiro tem uma roupagem para capitanear mais desenvolvida que o Thiago Silva”.