A Copa do Mundo do ano de 2022 acontece em um país deliberadamente homofóbico, intolerante e sem o menor respeito às políticas internacionais de direitos humanos. O Catar, cuja capital é Doha, possui uma legislação que permite a prisão e execução de pessoas LGBTQIA+ ou que demonstrem apoio à causa.
Uma entrevista de Khalid Salman, embaixador da Copa do Mundo do Catar, a uma televisão alemã, assustou a audiência com falas abertamente homofóbicas. Ao contrário da realidade árabe, a homofobia é crime na Alemanha. Khalid disse que ser gay é um "transtorno mental" e que isso é errado para a religião Mulçumana.
Além disso, o major-general Abdulaziz Abdullah Al Ansari reforçou que quem deseja visita o país não deve demonstrar qualquer apoio à comunidade, como símbolos do arco-íris, por exemplo.
Na prática, os gays podem ser presos e mortos no Catar. O Código Penal encara como crime a prática homossexual. É proibida a relação entre dois homens, mas a lei não fala de mulheres. A pena varia entre prisão de até 8 anos ou mesmo a morte.
A prática homossexual em si pode rende os 8 anos de prisão. Se a relação for com um menino de menos de 16 anos, é autorizada a execução. Além disso, o simples fato de "defender" gays também pode levar à cadeia.
Em meio a tanto preconceito, muitas seleções já demonstram resistência, como a Dinamarca e os Estados Unidos.