Assim como a Argentina, o Brasil também decepcionou na estreia da Copa América. A seleção treinada por Mano Menezes não passou de um empate por 0 a 0 contra a Venezuela, neste domingo, pela primeira rodada do Grupo B da competição. O resultado fez os venezuelanos comemorarem.
As duas seleções voltam a campo no próximo sábado. O Brasil tem pela frente o Paraguai, em Córdoba, e precisa da vitória para não se complicar. Já a Venezuela encara o Equador, em Salta.
Na primeira partida da seleção em um torneio sob o comando de Mano, faltou capricho nas finalizações durante a primeira etapa e movimentação na segunda. Nos primeiros 45 minutos, Pato, Neymar e Robinho tiveram ao menos uma chance clara de gol cada um, mas desperdiçaram.
Ganso, grande aposta para o meio de campo, pouco fez. Depois do intervalo, nem mesmo as entradas de Fred, Lucas e Elano deram movimentação ao setor ofensivo. O início da Copa América para o Brasil teve um sabor amargo, enquanto a Venezuela, que não fez Julio César trabalhar, ganhou um ponto de ouro.
O JOGO
Mano Menezes confirmou seu esquema ofensivo com Robinho, Neymar e Pato no ataque e Ganso na armação de jogo. A Venezuela, por sua vez, num esquema 4-4-2, privilegiou a marcação, com oito jogadores atrás do meio de campo.
Rondón e Fedor eram as esperanças no ataque. O começo de jogo da seleção brasileira foi promissor: com velocidade e boa troca de passes, encontrou espaços na defesa adversária. Bem disposta em campo, não demorou a carregar a bola da zaga até o setor ofensivo.
Apesar disso, faltou objetividade em certos momentos e a primeira real chance de gol apareceu somente aos 26min. Pato recebeu passe na área, chutou forte e acertou o travessão. Aos 31min, o atacante do Milan recebeu lançamento na direita e bateu cruzado, mas parou em Vega.
Já Neymar desperdiçou algumas boas chances pelo excesso de preciosismo, com um passe a mais ao invés de um chute. Robinho teve sua oportunidade aos 38min, mas viu Vizcarrondo evitar o gol com o ombro, com o goleiro Vega já batido. Aos 44min foi a vez de Neymar jogar para fora uma boa chance.
Na segunda etapa, o Brasil diminuiu o ritmo e se complicou até mesmo na saída de bola, com muitos erros de passes. Sem pressionar o adversário, Mano sacou Robinho e colocou Fred. Desse modo, Pato passou a jogar pelo lado direito do ataque.
Mas a Venezuela, bem taticamente, soube fechar os espaços na defesa. Sem criatividade e movimentação, a equipe brasileira parou na marcação adversária. Para tentar reanimar seu time, Mano sacou Pato e Ramires e colocou Lucas e Elano. Em vão.
A seleção continuou com um futebol abaixo do esperado, não soube criar oportunidades para finalizar, e chegou até mesmo a sofrer alguns contra-ataques. Mas o setor ofensivo venezuelano não tinha a qualidade necessária para passar por Lúcio e Thiago Silva. Sorte do Brasil.
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