Convocado para uma reunião com o diretor de futebol do Flamengo, Zinho, e com o chefe do departamento médico, José Luiz Runco, Adriano chegou ao Ninho do Urubu às 15h30m desta terça-feira. Acompanhado do seu empresário, Lucca, o jogador dirigia o carro e desceu do veículo mancando. No CT, ele conversou com alguns jogadores, especialmente Léo Moura, posou para fotos com torcedores e autografou uma camisa para um funcionário. Cerca de 20 minutos depois, o Imperador entrou na sala do departamento de futebol acompanhado pelo empresário, Zinho, Runco e o vice de futebol Paulo Cesar Coutinho.
A reunião durou 1h20m. Em seguida, Adriano, acompanhado de Runco, foi para o departamento médico, onde permaneceu durante 15 minutos. Depois, o jogador deixou o Ninho do Urubu, novamente dirigindo seu carro.
Preocupado com o comportamento do jogador, que desde o dia 4 de junho faz tratamento no CT para se recuperar da cirurgia no tendão de Aquiles do pé esquerdo, Zinho fez contato telefônico com a presidente Patricia Amorim. É possível que o dirigente fale sobre o assunto e comente as recentes faltas do jogador às sessões de fisioterapia.
Na madrugada de sexta-feira, dia da falta, Adriano foi fotografado saindo de uma boate na Barra da Tijuca às 4h20m. É de conhecimento do Flamengo a rotina de excessos do jogador em meio à recuperação. Mesmo sem contrato, o atacante tem feito sua recuperação no CT com funcionários do Rubro-Negro e usa uniforme de treino.
Runco explica que, por não ter vínculo com o Flamengo, ele não precisa dar justificativas para as ausências. Mas o clube, que abriu as portas para a recuperação do jogador, pode interromper o tratamento dele caso os deslizes persistam.
Em abril, mês da cirurgia, José Luiz Runco informou que a previsão de retorno do Imperador aos treinos seria de pelo menos três meses. Na primeira quinzena de maio, quando ainda fazia a recuperação em casa, Adriano simplesmente sumiu de algumas sessões de fisioterapia, principalmente aos sábados e domingos. Na ocasião, também pipocavam notícias das incursões noturnas do atacante.
Esse foi o segundo procedimento realizado no tendão de Aquiles. O primeiro ocorreu há um ano, quando Adriano defendia o Corinthians. O clube paulista alegou que o jogador faltou a 67 sessões de fisioterapia e por isso sua recuperação não foi adequada. Depois disso, foi demitido por justa causa.