Conmebol isenta Corinthians de culpa na morte de menino Kevin

Kevin Espada morreu aos 14 anos de idade, atingido por um sinalizador de navio disparado por corintianos em estádio

Torcida do Corinthians em Oruro, no dia da morte; clube não teve culpa, diz Conmebol | Juan Karita
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O Corinthians recebeu, no início desta semana, a íntegra do julgamento da Conmebol a respeito da responsabilidade alvinegra na tragédia de Oruro. O texto confirma o que previam os advogados, e isenta o clube de responsabilidade na morte de Kevin Espada.

?No texto, ela [Conmebol] diz que o Corinthians não é responsável pela morte. Ele tem responsabilidade objetiva pelo torcedor, mas não pela morte?, disse Luiz Alberto Bussab, diretor de negócios jurídicos do clube.

Kevin Espada morreu aos 14 anos de idade, atingido por um sinalizador de navio disparado por corintianos que estavam assistindo à partida contra o San José, pela Libertadores. Nas semanas que se seguiram à tragédia, o clube brasileiro foi julgado no âmbito esportivo por ser responsável, de maneira indireta, pelo comportamento de sua torcida, que feriu o regulamento da competição ao acender um sinalizador.

Em um primeiro momento, a Conmebol vetou a presença de público em qualquer partida do Corinthians na Libertadores. Quando o caso foi julgado, a pena foi reduzida para um jogo com portões fechados em casa, àquela altura já cumprido diante do Millonarios, veto à presença da torcida nas partidas como visitante por 18 meses e uma multa de US$ 200 mil (R$ 391 mil).

Com a íntegra do julgamento em mãos, o Corinthians vai entrar com um recurso. O clube tenta derrubar, ou ao menos reduzir, a pena com relação aos jogos fora de casa.

?O recurso é justamente em cima dos 18 meses. Eles tinham dado o julgamento e agora publicaram integralmente o voto. Pela lei, ele [Corinthians] vai ter responsabilidade objetiva pela torcida. E por isso ele já pagou com um jogo com portões fechados e a multa?, disse Bussab.

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