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Começa hoje julgamento que definirá futuro de Bruno Henrique do Flamengo no futebol

O atacante do Flamengo será julgado na Primeira Instância da Comissão Disciplinar do STJD, no Centro do Rio de Janeiro, e pode sofrer punições que vão de multas a longa suspensão dos campos.

Bruno Henrique em treino no Flamengo | Foto: Adriano Fontes/Flamengo
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Réu nas Justiças Desportiva e Comum por supostamente ter forçado cartões amarelos para beneficiar apostadores em um jogo do Brasileirão 2023, Bruno Henrique começará a ver hoje seu futuro no futebol ser definido. O atacante do Flamengo será julgado na Primeira Instância da Comissão Disciplinar do STJD, no Centro do Rio de Janeiro, e pode sofrer punições que vão de multas a longa suspensão dos campos.

Em agosto, a Procuradoria denunciou o jogador e mais quatro pessoas, incluindo seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): 243 (atuar deliberadamente de modo prejudicial à equipe que defende) e 243-A (atuar de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida).

Qual as punições possíveis para Bruno Henrique?

Entre as possíveis punições, estão uma suspensão de 360 a 720 dias — ou seja, até dois anos; outra suspensão de 12 a 24 partidas; e multas que vão de R$ 100 a R$ 200 mil.

Este julgamento encerrará o caso ou as partes podem recorrer?

Programado para as 9h, o julgamento será o primeiro passo para a definição do caso na esfera desportiva. Se condenado, Bruno Henrique poderá recorrer ao Pleno do STJD, última instância do Tribunal, mediante pedido de efeito suspensivo — se for absolvido, a Procuradoria pode igualmente apelar. Também há a chance deste capítulo inicial não ser concluído, caso algum integrante peça vistas.

Bruno Henrique vai ao STJD?

São baixas as chances que o jogador compareça presencialmente à audiência, pois está em meio à folga de quatro dias concedida pelo Flamengo por conta da data Fifa. Além disso, a presença do réu não é obrigatória.

Por qual motivo Bruno Henrique será julgado?

Bruno Henrique é acusado de ter compartilhado informações antecipadas sobre o cartão amarelo recebido em jogo contra o Santos, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 1º de novembro de 2023. O lance teria beneficiado seu irmão, Wander, que ainda teria repassado as informações a amigos.

Além da dupla, também foram denunciados pelo STJD Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Reis e Douglas Barcelos. Também estão envolvidas Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de Bruno Henrique, mas ambas estão fora da mira do STJD.

Desde quando Bruno Henrique é investigado?

O caso é investigado desde agosto pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do DF, após casas de apostas detectarem movimentações anormais em cartões para Bruno Henrique.

Em novembro, houve busca e apreensão do celular, mas o STJD arquivou. Em abril, o jogador foi indiciado pela PF por estelionato e fraude em competição esportiva, com conversas comprovando o repasse antecipado da informação. Em junho, foi denunciado pelo MP. Se condenado na esfera comum, pode pegar até 17 anos e 8 meses de prisão.

Como a defesa de Bruno Henrique e o Flamengo se articulam?

A Procuradoria do STJD usará como prova um vídeo em que Douglas Barcelos admite saber que Bruno Henrique forçaria o cartão — ele fez acordo na Justiça Comum. A defesa chama de “absurda” a alegação de que o cartão amarelo visava influenciar o resultado; lembra que o STJD já havia arquivado o caso.

O Flamengo mantém suporte jurídico, com Michel Assef Filho como advogado e Flávio Willeman na supervisão. O clube usa como parâmetro o caso Lucas Paquetá, que acabou inocentado na Inglaterra.

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