Alberto Valentim fez sua estreia à frente do Vasco sem medo de impor sua marca com menos de 48 horas de trabalho com os jogadores. A decisão de escalar Vinícius Araújo como titular já foi um toque pessoal na derrota para o Atlético-PR. O jogador vinha sendo reserva e, sem Wagner, poupado para preservar a parte física, a entrada de Thiago Galhardo era a escolha mais previsível. Entretanto, ele preferiu deixar o camisa 8 no banco de reservas na Arena da Baixada. Um sinal de que Valentim prefere ter mais de um atacante de ofício entre os titulares.
“Pedi para que os jogadores fizessem aquilo que treinamos. Conceitos que gosto e que preciso treinar. Eles fizeram coisas boas. Tentaram jogar. Aqui é muito difícil de jogar. O Atlético-PR está em um momento bom. Tivemos algumas oportunidades boas”, afirmou depois da partida.
Conhecido pelo estilo bem enérgico à beira do gramado, Valentim foi mais sereno do que o costume no primeiro jogo pelo Cruz-Maltino. Na hora de mexer na equipe, também foi econômico - mesmo com o gol de Raphael Veiga aos 18 minutos do segundo tempo, fez a primeira alteração somente aos 28, com a entrada de Galhardo no lugar de Desábato. Com a alteração, abriu mão do esquema com três volantes.
Valentim passou o jogo todo consultando Valdir Bigode, auxiliar técnico que comandou o Vasco interinamente nas três partidas anteriores. O novo treinador deverá ter um tempo maior para conhecer o elenco e treiná-lo melhor somente entre a partida contra o Santos, sábado, e o jogo seguinte, contra o América-MG, na quinta-feira seguinte. Mesmo assim, o prazo é curto para trabalhar adequadamente.