Sem Cristiano Ronaldo, sem festa. No amistoso comemorativo do centenário da Federação Portuguesa de Futebol, Portugal não conseguiu se impor e ficou no empate por 0 a 0 com a Grécia, neste sábado, no Estádio do Jamor, em Oeiras, na despedida da seleção do país antes da Copa do Mundo.
O camisa 7 ficou o jogo inteiro sentado no banco de reservas junto aos companheiros de Real Madrid Pepe e Fábio Coentrão. Cantou o hino, gritou, torceu, levantou-se diante dos gols perdidos no primeiro tempo, acenou para a torcida... Só não pôde entrar em campo. Uma lesão muscular na coxa esquerda o afastará dos gramados por cerca de dez dias, segundo a imprensa portuguesa. A FPF apenas divulgou a existência de um problema.
Portugal viaja na próxima segunda-feira para os Estados Unidos, onde fará um amistoso contra o México, no próximo dia 6 de junho, em Foxborough. Ainda enfrentará a Irlanda, no dia 9, antes de rumar para Campinas-SP, local da preparação em solo brasileiro. A estreia no Mundial acontecerá no dia 16, contra a Alemanha, em Salvador, pelo Grupo G.
Já a Grécia, responsável pela maior decepção em toda a história do futebol português com o título da Eurocopa de 2004 em Lisboa, pegará a Nigéria e Bolívia, também nos Estados Unidos, antes de ir ao Brasil. A Colômbia é a adversária da estreia na Copa, no dia 14, em Belo Horizonte.
Portugal não precisou de Cristiano Ronaldo, Pepe, João Moutinho, Raúl Meireles ou Fábio Coentrão para mostrar que é superior à Grécia. Com um time misto, a seleção da casa tomou conta da partida nos primeiros 45 minutos e sequer foi ameaçada pelos visistantes, algozes há dez anos na decisão da Eurocopa.
Apenas um aspecto mereceu críticas: a finalização. Portugal criou bastante, mas incomodou o goleiro Karnezis em poucas oportunidades. Éder, Varela, Nani, Miguel Veloso, Bruno Alves, Ricardo Costa... Todos estiveram perto de abrir o placar para os lusos. Para "desespero" do torcedor Cristiano Ronaldo, que acompanhava a partida do banco de reservas, não aconteceu.
GRÉCIA MELHOR NO FIM
Paulo Bento fez mudanças para o segundo tempo. Beto substituiu Eduardo no gol, Hugo Almeida recebeu mais uma chance no ataque. A Grécia do português Fernando Santos também mexeu, mas forçada: o zagueiro Sokratis, lesionado, deu lugar a Moras ainda nos minutos finais da primeira etapa. O experiente Karagounis foi outro a entrar após o intervalo.
Portugal manteve o apetite, mas já não tinha a mesma facilidade. A Grécia se defendia com quantidade e qualidade e parecia gostar do empate sem gols. Parecia. Os lusos, cada vez com mais modificações, perderam um pouco a identidade. E viram os gregos avançarem a marcação. Fetfatzidis quase marcou aos 38. Ficou nisso.