DIEGO IWATA LIMA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
O Palmeiras pode chegar nesta quarta-feira (18), contra o Emelec, a 11 partidas de invencibilidade. O jogo acontece às 19h (de Brasília), no Allianz Parque, e é válido pela quinta rodada da fase de grupos Copa Libertadores. Se o elenco palmeirense vencer e Flamengo, Estudiantes (ARG) e River Plate (ARG) perderem pontos até o fim da rodada, na quinta-feira (19), o clube alviverde já garante a melhor campanha da fase de grupos da atual edição da Libertadores, sua meta. Uma marca que seria o toque na final da série que já configura o melhor momento do time comando por Abel Ferreira.
O mês é maio, e o Palmeiras só foi derrotado três vezes no ano. Se levado em conta que o revés na prorrogação da final do Mundial de Clubes vale pela temporada 2021, foram apenas duas: São Paulo, na primeira partida da final do Campeonato Paulista(1 a 3), e Ceará, na estreia neste Campeonato Brasileiro (2 a 3).
Esta é a segunda longa sequência invicta do Palmeiras no ano. Justamente entre o jogo com o Chelsea e a partida com o São Paulo, houve 12 jogos em que o time alviverde deixou o campo sem ser derrotado.
A queda diante do clube inglês, aliás, também interrompeu outra série longeva, de dez jogos, iniciada no confronto com o Atlético-MG, pelo Brasileiro de 2021, no empate por 2 a 2 dos reservas contra o então futuro campeão do torneio, em 23 de novembro.
A sequência passou pela final da Libertadores, quatro dias depois -2 a 1 sobre o Flamengo, em Montevidéu (Uruguai). E sobreviveu aos três jogos com atletas da base, que encerram o Brasileiro, e terminou a três minutos do fim da prorrogação da decisão em Abu Dhabi, em 12 de fevereiro.
Na atual sequência invicta, um detalhe chama a atenção: exceto pelo jogo com o Athletico-PR, pela ida da Recopa, que terminou empatado em 2 a 2, o Palmeiras venceu todos os jogos em que anotou gols na primeira etapa. Isso se explica por dois motivos em especial.
Na estratégia de jogo de Abel Ferreira, é recorrente o Palmeiras iniciar as partidas apertando o time adversário, com marcação alta e pressão intensa em caso de perda de bola, com o objetivo de abrir o placar.
Sair na frente dá ao time duas vantagens competitivas. A primeira delas é trabalhar melhor a alternância dentro do confronto, ditar o momento de se compactar mais e adotar um jogo de transição -além, é claro, de forçar o time adversário a ter de se expor mais defensivamente ao adotar uma postura em prol do empate.
A outra é correlata dessa primeira: dosar melhor os recursos físicos dos jogadores. Abel não deixa jamais de fazer as cinco substituições a que tem direito nas partidas, com o objetivo de descansar jogadores, em especial suas peças de ataque, muito exigidas no esquema de jogo do Palmeiras.
Com um gol já na primeira etapa, a chance de o Palmeiras chegar ao quarto final do jogo à frente no placar é maior, e Abel pode sacar Rony, Dudu, Scarpa e ou Veron com menos preocupação de ter de fazer um resultado prescindindo de seus principais jogadores de frente.
Para a partida desta quarta-feira, a tendência é que Abel aproveite o bom posicionamento do Palmeiras no Grupo A e mande a campo um time alternativo, preservando nomes importantes. O time alviverde tem como ausências confirmadas o lateral-direito Mayke e o lateral-esquerdo Piquerez, que se recuperam de lesões, o zagueiro Luan e o atacante Gabriel Veron, que já participam de treinos com a equipe, mas devem continuar em transição física. Em compensação, o atacante Wesley, afastado nas últimas semanas após diagnóstico positivo de Covid-19, está de volta ao time. Com isso, uma provável escalação do Palmeiras tem: Weverton; Marcos Rocha, Kuscevic, Gustavo Gómez e Jorge; Gabriel Menino (Danilo), Atuesta e Gustavo Scarpa; Breno Lopes, Wesley e Rafael Navarro.
O Emelec, por sua vez, chega a partida em segundo lugar no Grupo A, com cinco pontos -somente um a mais do que Deportivo Táchira-, e busca manter sua posição para garantir vaga na próxima fase da Libertadores. O técnico Ismael Rescalvo não poderá contar com Joao Rojas, Bruno Pittón e Aníbal Leguizamón, que ainda se recuperam de lesões, e deve ia campo inicialmente com: Pedro Ortíz; Romario Caicedo, Joel Quintero, Eddie Guevara e Jackson Rodríguez; Bryan Carabalí, Dixon Arroyo, Sebastián Rodriguez e Alexis Zapata; José Francisco Cevallos e Alejandro Cabeza.