Com golaço de Martinez, Náutico derrota o Bahia por 1 a 0 , veja o golaço de Martinez

Timbu só consegue marcar perto do fim do jogo, aos 42 minutos, com chute do “meio da rua” do volante

Náutico e Bahia fizeram jogo equlibrado, mas Timbu foi premiado no final | Aldo Carneiro/Pernambuco Press
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O Náutico fez mais uma vítima no "caldeirão dos Aflitos" ao vencer o Bahia por 1 a 0 em casa na noite deste sábado. O Timbu não mostrou o mesmo futebol arrasador do último jogo, quando venceu fácil o São Paulo diante do torcedor alvirrubro, mas teve gás suficiente para garantir outra vitória e passar de 20 para 23 pontos no Brasileirão. A vitória pernambucana ocorreu graças ao volante Martinez, que arriscou de fora da área e surpreendeu o goleiro Marcelo Lomba no fim da partida.

O Bahia bem que tentou aproveitar o fato do Náutico jogar desfalcado de cinco jogadores para conseguir uma inédita segunda vitória consecutiva no Brasileirão, mas foi impedido. Com a derrota, o clube segue com 16 pontos e pode cair para a zona de rebaixamento no complemento da rodada neste domingo. A equipe atualmente está na 15ª colocação. O público presente à partida foi de 14.358 pessoas.

- Estava com dor e ia sair, mas escutar a torcida gritando o nosso nome não tem preço - disse Martinez, o autor do gol alvirrubro.

Na próxima rodada, o Náutico jogará fora de casa, mas não sairá do Recife. O Timbu iré encarar o Sport na Ilha do Retiro no dia 26 às 18h30m. Pela frente, os alvirrubros terão o rival comandado pelo técnico Waldemar Lemos. O treinador, que dirigiu o Náutico no Pernambucano, estreará no Leão.

Já o Bahia, depois de jogar em Campinas (contra a Ponte Preta) e o Náutico, voltará ao estádio Pituaçu. Também no domingo às 18h30m, os baianos irão receber o Atlético-GO, atualmente o vice-lanterna do Brasileirão com 12 pontos.

Jogo equilibrado nos Aflitos

Náutico e Bahia entraram em campo com desfalques. O Timbu pisou no gramado dos Aflitos sem cinco jogadores considerados titulares (Kieza, Souza, Elicarlos, Patric e Ronaldo Alves) e promoveu a estreia de dois reforços: Dadá e Rogerinho. O Bahia, por sua vez, estava sem Zé Roberto e sem o técnico Caio Júnior no banco de reservas. Comandado pelo auxiliar Eduardo Barroca, o tricolor baiano começou a partida fechado e sem dar muitas opções de ataque aos donos da casa.

O ferrolho montado pelo Bahia deu certo e até os seis minutos, mesmo com o apoio da torcida, o Náutico ainda não havia chegado ao ataque. O primeiro chute a gol foi dos visitantes com Hélder, mas a bola passou longe do gol de Gideão. Na sequência da jogada, Rhayner respondeu pelo lado dos alvirrubros, mas também sem perigo. Um minuto depois foi o estreante Rogerinho, em cobrança de falta, que obrigou o goleiro Marcelo Lomba afastar o perigo com um soco na bola.

Após os dez minutos, o jogo caiu de qualidade, com as equipes mantendo o mesmo equilíbrio. Os principais lances de chutes a gol saíram de bolas paradas, em cobranças de falta. Os chutes, no entanto, não chegaram nem perto de assustar os goleiros adversários. Com dificuldades para imprimir velocidade, o Náutico passou por um sufoco aos 18 minutos quando Souza apareceu sozinho diante de Gideão, mas o juiz assinalou impedimento.

O Bahia voltou a assustar aos 25 minutos, com Gabriel. O volante Martinez falhou na saída de bola, o camisa 1 do Tricolor de Aço se aproveitou do vacilo pelo lado esquerdo, avançou para ficar cara a cara com Gideão e finalizou errado. Até então essa foi a chance de gol mais clara da partida nos Aflitos. O troco do Náutico veio com Rhayner aos 30 minutos. Ele pegou a bola no meio-campo, saiu costurando os adversários e arriscou, mas o chute esbarrou no goleiro Marcelo Lomba.

Depois desse lance, o jogo voltou a ficar equilibrado. Aproveitando-se dos erros na saída de bola do Náutico, o Bahia rondou a área adversária com perigo. Em um dos lances, já perto do apito final, o goleiro Gideão precisou sair da área e ir até à intermediária para evitar que Souza se aproveitasse de uma sobra e abrisse o placar. Em compensação, à miníma postura ofensiva dos visitantes, o Timbu respondia com alguns contra-ataques. No final das contas, o placa seguiu inalterado.

Prêmio pela ousadia

A segunda etapa começou para o Náutico com a mesma formação do primeiro tempo. Já o Bahia tirou o Hélder para a entrada do meia Lulinha, procurando uma postura mais ofensiva. A alteração quase surtiu efeito logo aos dois minutos quando o tricolor assustou o Timbu em uma cobrança de falta que só não terminou em gol graças a uma excelente defesa de Gideão.

O goleiro do Náutico voltaria a aparecer em outros momentos do jogo. Aos seis minutos, ele precisou sair novamente da área e trocar as mãos pelos pés para afastar o perigo. O técnico Alexandre Gallo sentiu o bom momento do Bahia e promoveu mudanças no time para tentar ajustar os setores defensivos e de ataque. Rogerinho deu lugar a Lúcio e Kim saiu para a entrada de Rico.

As mudanças deram um pouco mais de velocidade ao Náutico, mas o time não conseguia chegar de maneira organizada ao ataque. O Bahia seguia empreendendo contra-ataques e dando calafrios na torcida alvirrubra. Aos 34, minutos, no entanto, quase os donos da casa abrem o placar em uma jogada inusitada. Victor Lemos tentou tirar a bola da área, mas a pelota resvalou em Rhayner e encobriu o goleiro Marcelo Lomba, já "vendido" no lance. Para sorte dos baianos, a bola morreu nas redes, mas pelo alto e pelo lado de fora.

Aos 39 minutos, o Náutico fez uma blitz na área do Bahia e teve diversas chances de abrir o placar com Araújo, Rhayner, Martinez e Araújo. Apesar do vacilo da zaga baiana, faltou objetividade aos alvirrubros mesmo com a bola sobrando livre no campo de defesa adversário. Aos 42 minutos, Martinez resolveu arriscar de fora da área e foi recompensado pela ousadia. O chute venceu o goleiro Marcelo Lomba e alcançou o ângulo do tricolor baiano para alegria dos cerca de 14 mil torcedores que foram aos Aflitos.

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