Bastou uma única chance para Fred. E o artilheiro não perdoou. O gol aos 28 minutos do segundo tempo, quando o Fluminense empatava a partida e parecia perdido em campo, devolveu a calma ao time e foi decisivo para a vitória por 3 a 1 sobre o Bangu, neste sábado, pela quarta rodada do Campeonato Carioca. Com o resultado, o Tricolor alcançou uma marca inédita na temporada: a quinta vitória seguida.
A vitória deixou o Fluminense na liderança do Grupo A na Taça Rio com 12 pontos e 100% de aproveitamento. Já o Bangu caiu para o terceiro lugar no Grupo B com sete pontos.
Na próxima terça-feira, o Tricolor volta a campo, às 19h30min, para enfrentar o Friburguense, fora de casa. Já o Bangu encara o Cabofriense, em casa, na quarta-feira, às 16h.
O Fluminense entrou em campo sem o goleiro Fernando Henrique e o lateral-esquerdo Leandro, suspensos por dois jogos pelo TJD-RJ. Além deles, outras duas mudanças foram feitas pelo técnico Carlos Alberto Parreira: Cássio ganhou uma chance na defesa e Maurício, no meio, nas vagas de Edcarlos e Romeu, respectivamente.
Talvez, por isso, o Tricolor tinha muitas dificuldades para acertar os passes e armar jogadas de ataque. O jogo começou lento, se arrastando, sem muitas emoções. O Bangu entrou em campo para se defender e tentar explorar o contra-ataque. Mas também não conseguia encaixar uma boa jogada.
A partida só começou a melhorar aos 25 minutos, quando o Bangu abriu o placar. Após cobrança de escanteio, Maurício cortou de cabeça e a defesa tricolor saiu rapidamente da área. Mas a bola permaneceu com o Bangu. Tiano recebeu livre pela direita, nas costas de João Paulo, entrou na área e cruzou rasteiro. Debaixo do gol, Bruno Luiz só tocou para o fundo da rede. Bangu 1 a 0. Foi o sexto gol do atacante no Campeonato Carioca. Após o gol, o técnico Carlos Alberto Parreira colocou a mão na cabeça.
Após o gol, o Fluminense acordou. E passou a pressionar mais. Mesmo assim, o Tricolor só chegou com perigo aos 36 minutos. Mariano tocou para Everton Santos, que entrou na área e chutou rasteiro cruzado. Thiago Neves, com um carrinho, quase conseguiu tocar. Mas a bola foi para fora.
E o empate veio dois minutos depois. Na velha jogada ensaiada dos cruzamentos para a área. Thiago Neves bateu uma falta da intermediária e Maurício apareceu livre no meio da área para cabecear no canto direito de Diogo Silva. Tudo igual: 1 a 1. O gol foi um presente para o volante, que não vinha atuando bem.
E o primeiro tempo terminava com o Fluminense jogando bem abaixo do esperado. Fred não conseguiu fazer uma conclusão sequer ao gol do Bangu. E Conca, apagado, exagerava nos erros de passe.
- Precisamos acertar os passes e buscar mais o gol - pediu o atacante Fred no intervalo.
Para o segundo tempo, Carlos Alberto Parreira resolveu trocar o time. Tirou o autor do gol, Maurício, e colocou Marquinho. O Fluminense adiantou um pouco a marcação, mas continuava jogando de forma lenta, sem muito perigo. O Bangu gastava o tempo e tentava prender a bola no campo de ataque.
Na lateral do gramado, Parreira gesticulava pedindo mais velocidade no toque de bola e estava mais ativo do que no primeiro tempo. Sem gostar do rendimento do time, o treinador tirou Everton Santos, que era quem mais incomodava a defesa do Bangu, e colocou Maicon aos 20 minutos.
Parreira parecia irritado. Após o juiz João Batista de Arruda marcar uma falta de Thiago Neves em Edinho no meio-campo, o treinador saiu da área técnica e foi reclamar com o quarto árbitro. Depois, ele voltou a reclamar após João Paulo cair na área pedindo um pênalti. Mas o jogador tricolor forçou a barra. Lance normal.
Mas bastou uma boa jogada. Uma chance clara para Fred. O artilheiro não desperdiçou. Maicon e Mariano tabelaram pela direita. O atacante foi até a linha de fundo e, em vez de cruzar, tocou rasteiro para Fred. O artilheiro chutou forte, rasteiro, no canto direito de Diogo Silva. Foi o terceiro gol de Fred em dois jogos pelo Fluminense. Era a virada tricolor aos 29 minutos do segundo tempo.
Na comemoração, todos os tricolores foram abraçar Romeu, autor da jogada. Até Fred correu para agradecer o passe. O alívio chegava ao Engenhão. Após o gol, o Fluminense passou a dominar a partida e pressionar em busca do terceiro. E ele não demorou a sair. Após cruzamento para a área, o goleiro Diogo Silva espalmou mal, a bola sobrou para Marquinho, que chutou torto. Mas a bola parou nos pés de Luiz Alberto. O zagueiro teve calma, dominou e tocou rasteiro para marcar o terceiro gol. E a vitória estava garantida!