Com ginásio lotado, Brasil dá show e atropela Coreia do Sul por 3 sets a 0

O próximo compromisso do selecionado brasileiro vai ser um duelo de muita rivalidade.

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Ginásio cheio, hino à capela e uma seleção brasileira que tem se notabilizado por dar grandes alegrias ao torcedor do Brasil, como o bicampeonato olímpico. Tal combinação, somada ao fato de a equipe nacional feminina ser uma máquina de jogar vôlei, só poderia resultar em uma empolgante vitória por 3 sets a 0 (25/16, 25/12 e 25/15) sobre a Coreia do Sul, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no confronto válido pela primeira rodada da etapa brasileira do Grand Prix. Foi o quarto triunfo em quatro jogos do Brasil nesta fase de classificação da competição anual na qual o país busca o seu décimo título. E a torcida paulista pôde vibrar muito com o show que presenciou.

O próximo compromisso do selecionado brasileiro vai ser um duelo de muita rivalidade. Neste sábado, às 9h50, as comandadas do técnico José Roberto Guimarães vão encarar a Rússia, que bateu a seleção brasileira nas finais dos dois últimos Mundiais. E elas virão doidas para vencer, pois foram derrotadas pelos Estados Unidos, também nesta sexta-feira, no Ibirapuera. A partida terá transmissão ao vivo da TV Globo e cobertura em Tempo Real, com vídeos, do GloboEsporte.com. Logo depois, às 12h20, a Coreia do Sul encara as americanas. Demonstrando a força do seu conjunto, a seleção brasileira viu várias jogadoras terem destaque na pontuação. A principal delas foi Fernanda Garay, com 15 pontos, seguida de Thaisa (13), Sheilla (10), Jaqueline (nove) e Fabiana (oito), Do lado coreano, apesar da derrota, veio a maior pontuadora da partida: a ponteira Kim, com 16 pontos. - Essa vitória foi muito importante. Depois do 3 a 0 que tomamos em Londres, jogar contra elas de novo foi extremamente importante. E também a forma como o time se comportou. O bloqueio e a defesa com atenção acima do normal. Logicamente a marcação na Kim foi especial, é craque e sabe o que faz o tempo inteiro. Mas não joga sozinha, e hoje as outras não ajudaram tanto. Felizmente, nosso time jogou bem e merecemos a vitória. E já pensamos em alguma coisa contra a Rússia também - disse Zé Roberto. O primeiro ponto da partida foi conquistado pelo Brasil depois de um rali de quase 30 segundos. As asiáticas, como é tradição, defendiam com bastante empenho e ainda contavam com a habitual qualidade de Kim Yeon-Koung, para muitos, a melhor ponteira do mundo.

Embaladas, as visitantes conseguiram liderar o placar após um bloqueio em cima de Fabiana (5 a 4). Apesar de isso ter acontecido muito cedo, as comandadas de José Roberto Guimarães sabiam que era preciso mais tranquilidade, acertar o passe, jogar bolas mais altas e bloquear melhor para tomar as rédeas do duelo. Foi o que passou a ser visto na quadra do Ibirapuera. A levantadora Dani Lins sentiu que também era necessário variar mais as suas jogadas. E passou a municiar, quase na mesma intensidade, Thaisa, Jaqueline, Fabiana, Sheila e Fernanda Garay, confundindo assim a defesa coreana. Deu tudo certo. E a seleção brasileira abriu sete pontos de vantagem, em pouco tempo (21 a 14), fazendo parecer impensável que o início do jogo dava a impressão de que seria duro.

Os 25/16 no primeiro set, em 23 minutos, confirmaram a mudança de panorama. Quando tudo começa a funcionar bem para a seleção brasileira, coitado do adversário do outro lado da quadra. As coreanas sofreram para defender os eficientes ataques das ponteiras Sheilla e Jaqueline. Passados cinco minutos, a dupla já fazia o Brasil liderar por 8 a 3 o placar. E como o público brasileiro gosta dessa equipe. Gritos enlouquecidos a cada ponto brasileiro ecoavam no Ibirapuera. Mesmo quando o ponto era de Kim, a estrela solitária da Coreia do Sul, a massa batia palmas. Dani Lins continuava variando bastante as jogadas, procurando sempre quem estava com menos marcação. Isso foi ótimo para as atacantes brasileiras, que dividiam entre si os pontos. Porém, quando o assunto era bloqueio, Thaisa reinava sozinha. Estava muito difícil passar pela fera.

Apesar do empenho, as sorridentes coreanas tomaram uma lavada no segundo set: 25/12 em 22 minutos. Apenas um milagre ou uma reação fenomenal da Coreia do Sul mudaria a história do jogo no terceiro set. Além do grande esforço das visitantes, seria necessário o Brasil afrouxar o seu forte ritmo para que fosse possível ao menos um quarto set. Mas isso não aconteceu, nem de longe. Sabendo aproveitar a sua superioridade e jogando com seriedade, a equipe brasileira voltou a demonstrar que não está no topo por acaso. E, até então, nada de poupar as titulares. Sorte do público que podia ver os ataques certeiros de Fernanda Garay, que acabou deslanchando na briga por maior pontuadora da partida, os bloqueios impactantes de Thaisa e toda a categoria de Sheilla e Jaqueline, nas extremidades da rede. Mas como sabe que vai precisar dar ritmo de jogo para o seu banco de reservas, Zé Roberto esperou o time chegar aos 20 pontos para dar chances para Fabíola, Gabi e Monique. O trio entrou mostrando que está pronto para descansar as principais atletas e deu conta do recado, ajudando a fechar em 25/15.

 

 




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