Não o foi com vitória, nem com grande exibição, nem ao menos com tranquilidade. Mas o Palmeiras escapou de cair para a segunda divisão no ano de seu centenário. O time alviverde não conseguiu vencer o Atlético-PR em casa, mas o empate por 1 a 1 neste domingo, no Allianz Parque, foi suficiente para manter os comandados de Dorival Júnior na elite graças à derrota do Vitória em Salvador diante do Santos, por 1 a 0.
Com a combinação de resultados, o Palmeiras terminou o campeonato na 16ª colocação, com 40 pontos. Os rebaixados na última rodada foram Vitória e Bahia, que acabaram com 38 e 37 pontos, respectivamente, e se juntaram aos já degolados Botafogo e Criciúma na Série B.
O Palmeiras começou o jogo nervoso, apesar do volume alto e do apoio constante das arquibancadas. Logo no começo, Lúcio teve chance clara sozinho na área, mas tentou bater de primeira e pegou torto, mandando para fora. O Atlético-PR respondeu aos 9min em lance inacreditável: primeiro, Fernando Prass fez grande defesas para espalmar para o lado, e no chute de Nathan no rebote, Gabriel Dias salvou em cima da linha.
Na cobrança de escanteio seguinte a essa jogada, porém, não houve palmeirense que pudesse evitar o gol de Ricardo Silva, que cabeceou no canto, sem chances para Prass. O resultado de momento rebaixava o time paulista, mas a torcida não parou de gritar. O Palmeiras passou a pressionar e exigiu duas ótimas intervenções do goleiro rubro-negro Weverton.
O bom momento deu resultado aos 19min, quando um chute de Gabriel Dias bateu no braço de Dráusio dentro da área: pênalti. Henrique foi para a cobrança com a característica tranquilidade e bateu firme no canto, empatando o confronto. O Atlético-PR até teve chances de marcar o segundo antes do intervalo, mas Prass novamente apareceu com grandes defesas para salvar os alviverdes.
Na segunda etapa, a atmosfera dramática aumentou cada vez mais no Allianz Parque. O Palmeiras teve as melhores chances, principalmente graças a um Valdivia muito inspirado no meio-campo, mas parou em erros de finalização. Por várias vezes, o camisa 10 deu bons passes que foram desperdiçados por jogadores como João Pedro e Mouche.
No fim do jogo, a condição física de Valdivia, que jogou no sacrifício, foi ficando cada vez pior. O Palmeiras buscou o segundo gol, que daria a tranquilidade, na base do abafa, com muitos cruzamentos para Henrique e Cristaldo na área. Mas a chance não apareceu. Do outro lado, o Atlético-PR parecia satisfeito em se defender e pouco ameaçava. Foi a senha perfeita para o jogo terminar com o 1 a 1 que, graças ao tropeço do Vitória em casa, salvou o Palmeiras.