O São Paulo desta temporada tem a instabilidade como sua característica principal. Até aqui são 40 jogos no ano, com 27 vitórias, dez derrotas e somente três empates. A campanha de altos e baixos fez com que o time amargasse um primeiro semestre sem títulos e com direito a eliminação vexatória diante do Avaí na Copa do Brasil.
Após um bom início no Nacional, quando obteve cinco vitórias nos cinco primeiros jogos, a equipe fez uma série de três duelos sem vencer que culminou na queda de Paulo César Carpegiani.
Adilson Batista reconhece a instabilidade, mas diz que o que importa no momento é o fato de a equipe criar mais oportunidades de gol.
"Importante é ter o equilíbrio, vencer sem susto, organizado. Precisamos corrigir algumas coisas que erramos", afirmou o técnico, que fará às 16h de hoje, contra o Vasco, no Morumbi, o terceiro jogo no comando do time.
Mas o problema não é só a instabilidade. Segundo o Datafolha, o São Paulo é o time que menos desarma no Nacional -- média de 105 vezes por jogo. O líder Corinthians é quem mais toma a bola -- média de 143 desarmes.
"Desarmar é importante. Mas tem que ser um desarme sem falta. Para recuperar a bola, tem que juntar, recompor", afirmou o técnico.
O fato de roubar poucas bolas faz com que seus rivais tenham mais oportunidades de gol. O São Paulo é o terceiro time que mais permite finalizações à sua meta.
São 16, em média, por jogo. Assim, a defesa fica exposta e leva mais gols. No Nacional, o São Paulo foi vazado 15 vezes, cinco só nos últimos dois confrontos, já sob o comando de Adilson Batista.
"Às vezes, por necessidade da vitória, a gente tem que sair mais para o jogo. Isso acaba por deixar espaços normais na partida, que o adversário explora", afirmou o treinador são-paulino.
Adilson lembra que o São Paulo também finaliza bastante. Com 12 arremates a gol por jogo, o time é um dos mais eficientes do Brasileiro, com acerto de 42% nas tentativas que arrisca. E, com 20 gols, iniciou a rodada com o segundo melhor ataque.
Manter ou aumentar a eficiência ofensiva e acabar com a instabilidade na defesa da equipe. Esses são os desafios de Adilson para lutar pelo título e não deixar o Corinthians disparar na ponta.