A Justiça do Rio de Janeiro anulou, nesta segunda-feira (13), os efeitos da polêmica reunião da SAF do Botafogo realizada em julho deste ano. A decisão, assinada pelo juiz Marcelo Mondego de Carvalho Lima, da 2ª Vara Empresarial da capital fluminense, reforça a permanência do empresário John Textor no controle da SAF alvinegra e representa uma vitória política importante para o norte-americano.
Apesar de a decisão judicial ter sido oficializada apenas agora, um acordo extraoficial entre o Botafogo associativo e a SAF já havia invalidado as deliberações da reunião. Na ocasião, os participantes haviam aprovado um aumento de capital e a contratação de um empréstimo de 100 milhões de euros (cerca de R$ 631 milhões), medidas que foram interpretadas pela Eagle Football, holding de Textor, como uma tentativa de reduzir sua participação na sociedade e transferir ativos para empresas ligadas a ele.
No despacho, o juiz destacou que ambas as partes concordaram com a anulação das decisões da reunião e frisou que Textor deve permanecer no comando do clube até nova análise do caso no tribunal arbitral da Fundação Getúlio Vargas. O magistrado também afirmou que a manutenção do empresário à frente da SAF é fundamental para “a segurança jurídica que o mercado bilionário do futebol exige”.
Com isso, o cenário no Botafogo se estabiliza momentaneamente, em meio às tensões internas que marcaram o segundo semestre. A decisão judicial reforça o controle de Textor sobre a SAF e afasta, pelo menos por ora, o risco de uma cisão que poderia comprometer os rumos do clube em 2025.