Coldzera vê Major no Rio crescer em importância

Lenda do game no país ainda avalia que Brasil tem chances de ter um representante entre os finalistas do torneio global

| Divulgação/ESL
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Marcelo "Coldzera" enxerga de longe o agravamento do surto de coronavírus no Brasil. Mais de 10 mil quilômetros distante da terra natal, um dos maiores jogadores de esportes eletrônicos do país encara a dura realidade de separação da família e amigos. Em entrevista às redes sociais do Prêmio eSports Brasil, o jogador de CS:GO da FaZe Clan falou sobre a rotina na Sérvia, onde vive atualmente, com as medidas contra a pandemia e como tem acompanhado a situação do Brasil. Informações do site GloboEsportes.com

- A situação está difícil no mundo todo. Aqui ainda não está tão sério ainda e não houve nenhum caso de morte. Mas já está tudo fechado, todo mundo dentro de casa. Dividiram os horários entre jovens e pessoas mais velhas. É muito ruim (ficar longe da família). Meu pai fechou a empresa dele para não ter nenhum risco. Está todo mundo preocupado, mas de quarentena. O mundo está todo preocupado - disse Cold.

O surto de coronavírus provocou um efeito de avalanche também nos esportes eletrônicos. No CS:GO, o Major do Rio de Janeiro acabou sendo adiado para novembro. Coldzera afirma que temeu que o evento fosse retirado do Brasil e acredita que o major vai crescer em importância por conta do momento mundial e também do aumento da premiação para US$ 2 milhões (R$ 10,1 milhões na cotação atual).

- Poderiam ter skipado o evento no Brasil. Estava com medo e faz muito tempo que não temos um evento no Brasil. E é importante para o cenário gamer no Brasil. Muito feliz que foi remarcado para novembro. Vai ser bom. Praticamente juntaram os dois majors. O lado ruim é que vai demorar um pouco. Com certeza cresce (de tamanho). A premiação vai ser muito mais alta. Como não vai ter nenhum campeonato offline, acho que o primeiro vai ser o major. Vai ter uma importância maior - opinou.

Embora grande parte das atividades esportivas no mundo esteja paralisada, o esport ainda consegue manter vivo seus torneios não presenciais. Será o caso da ESL Pro League. O time de Coldzera estreia nesta quinta-feira contra a TYLOO na etapa europeia da competição. Cold, aliás, acredita que o torneio acaba sendo nivelado por baixo quando disputado remotamente.

- Impacta na pressão. Tem muitos jogadores que sentem a pressão em arena e acabam não se destacando tanto como no online. Aqui na Europa, a galera joga muito no online. Vai ser difícil falar quem vai ser campeão na Pro League. Vai ser um campeonato vai ser muito disputado. E tem que entender que aqui na Europa a galera joga muito online.

CONFIRA OUTROS PONTOS DA ENTREVISTA

Tempo para se preparar para o Major

- Acho vai beneficiar todos os times. Todos tem mais tempo para treinar. Quando começar o Major, nenhum time vai poder dar a desculpa que não tiveram tempo para treinar. Vai ser especial esse Major, os times vão estar preparados. A galera vai vir bem quente.

Brasil tem chances no Major?

- Acho que sim. MiBR e FURIA estão jogando bem. Estes dois times são os impactantes MiBR vinha tendo uns problemas, não estou muito em contato, mas vão superar e não precisa se preocupar. A FURIA também vem tendo um bom início de ano. Tem boas chances, sim, de um brasileiro chegar até as finais.

Voltar a jogar em time brasileiro

- Agora ainda está muito cedo para voltar a um time brasileiro. Estou gostando muito daqui. Estou numa fase da minha vida que jogo para ter mais diversão que estresse. Estou buscando mais felicidade. Mas ao mesmo tempo também é muito bacana jogar com brasileiro. Jogando com um time brasileiro seria legal porque sinto falta de falar português. Sinto saudades, claro, quem sabe mais para frente.

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