A obsessão por um posto entre os dez primeiros no quadro de medalhas dos Jogos do Rio fez com que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ampliasse seus cuidados com os atletas para além dos muros da Vila Olímpica. Para evitar que questões externas atrapalhem o rendimento deles, a entidade ministrou um treinamento para as pessoas mais próximas dos competidores brasileiros. Eles foram instruídos por meio de vídeos, depoimentos de ex-atletas e uma espécie de manual de conduta.
Entre as recomendações contidas no Guia Familiares e Amigos do Time Brasil (veja a lista abaixo) estão: não pedir ingressos; não falar sobre problemas; evitar surpresas que possam causar emoção excessiva e não pressionar por acesso a locais exclusivos.
As precauções não terminam aí. Os atletas indicaram quatro pessoas que poderão ser beneficiárias dos dois ingressos que o COB comprou de cada sessão que o competidor participará nos Jogos. Os bilhetes serão entregues por funcionários da entidade, o que evita desgaste desnecessário dos atletas.
Uma equipe do COB trabalha para facilitar a vida dos parentes e amigos, que poderão ter contato com os atletas em um centro de convivência montado no Riocentro, em Jacarepaguá. Os encontros só poderão ser marcados pelos integrantes da delegação. Já visitas na Vila Olímpica estão terminantemente proibidas.
Para o COB, a busca por medalhas começa em casa.
É importante evitar:
1 - Pedir ingressos em cima da hora.
2 - Solicitar atenção excessiva dos atletas. Encontros só no Riocentro.
3 - Criar divergências entre atleta e técnico.
4 - Pressionar os atletas por credenciais.
5 - Cobrança e pressão excessiva por resultados.
6 - Encontros que possam prejudicar a rotina do atleta nos Jogos.
7 - Levar problemas familiares ao atleta.
8 - Surpreender o atleta com momentos emocionantes, a menos que seja uma solicitação estratégica do treinador.