O Como, equipe da terceira divisão do futebol italiano, revelou ter descartado a contratação do argentino Lionel Messi quando ele ainda era um adolescente desconhecido.
Em entrevista a um programa esportivo da televisão local, o ex-dirigente do clube, Enrico Preziosi, relatou que "quando era presidente do Como, o Messi foi fazer um teste. Tinha 15 anos e o descartamos".
Eleito melhor jogador do mundo eleito pela Fifa (Federação Internacional de Futebol), em 2009, Messi brilhou na partida de terça-feira entre o Barcelona e o Arsenal, marcando quatro gols e levando o time espanhol à semifinal da Liga dos Campeões da Europa.
"Estávamos de olho nele desde os seus 14 anos. Era um jovem que já naquela época era um fenômeno", lembrou Preziosi, explicando que o clube decidiu não adicioná-lo ao plantel "por várias situações que estava atravessando" e que "às vezes se cometem erros".
"Quando se contrata um garoto, existem várias questões que devem ser resolvidas com os pais. É preciso trazê-los para a Itália, mas havia uma situação que comprometia a sociedade e impedia realizar determinadas coisas porque [Messi] era menor", afirmou.
O dirigente, que atualmente preside o Genoa, declarou ainda que "quase ninguém pega jogadores pensando em fazer de tudo para que se tornem importantes e depois façam um contrato profissional".
Messi chegou ao Barcelona com 13 anos vindo de sua cidade natal, Rosario, na Argentina, e poucos anos depois já jogava nas divisões de base do clube.
"É um fenômeno. Ter alguém como ele é como ter metade de um time. Teríamos solucionado as contas por 30 anos [se o tivéssemos contratado] ", lamentou Preziosi.
"Muitas vezes são os diretores esportivos que se ocupam dos jogadores jovens, que decidem se os contratam ou não. Não é para me eximir da culpa, mas foi assim. Tínhamos uma pessoa que o acompanhava, tínhamos falado com a família, estavam entusiasmados para vir à Itália, mas depois não se realizou nada", completou.