César Cielo segue como o nadador mais rápido do Campeonato Mundial em piscina curta. Depois de liderar as eliminatórias dos 50m livre, ele foi o melhor na semifinal da prova, com o tempo de 20s61, e bateu dois recordes.
Depois das eliminatórias, nesta madrugada (horário de Brasília), Cielo disse que queria melhorar o seu tempo e nadar perto do recorde sul-americano, que era de 20s74. Ele nadou a segunda bateria da semifinal, cumpriu a palavra e estabeleceu a nova marca do continente, liderando a prova de ponta a ponta. De quebra, fez a melhor marca do campeonato. O tempo anterior era de 20s81.
Durante a temporada, Cielo tinha pensado em não disputar o Mundial. "Pessoalmente, minha escolha por Dubai foi para não ficar os últimos três meses do ano parado. Queria construir algo positivo até o Natal, pensando no ciclo olímpico (até os Jogos de Londres/2012) que começa em janeiro, em tentar melhorar em alguma coisa", explica.
Até agora, ele está satisfeito com seu desempenho. "Este Mundial era mais um teste, depois da temporada em piscina longa, para eu voltar a ser o nadador que era antes. Está sendo bom. Voltei a ter tranquilidade, a me divertir na piscina", afirmou depois da semifinal.
Cielo, campeão olímpico e mundial nos 50m em piscina longa, busca agora ser o mais rápido em piscina curta, de 25 metros. O recorde mundial é do sul-afriano Roland Schoemman, com 20s30, e o brasileiro prefere não fazer previsões. "50 é 50, não dá para prever nada. Quero ganhar o ouro para o Brasil mais do que qualquer recorde", falou.
O nadador brasileiro busca a sua segunda medalha no Mundial na tarde de sexta-feira. Ele já faturou o bronze no revezamento 4x100m livre com a equipe brasileira.
Francês Frederick Bousquet, outro grande nome da prova ficou com o terceiro melhor tempo (21s17). Alain Bernard, outro francês, foi o sexto melhor (21s26). Eles também estão na final.
Nicholas Santos, o outro brasileiro na prova, chegou a semifinal com o 16º tempo. Ele ficou em 13º no total, com o tempo de 21s43, e está fora da briga por medalhas. Quem também não ficou entre os melhores foi norte-americano Adrian Nathan, que bateu o Cielo no Pan-Pacific. Ele terminou em 11º lugar (21s35).