Cesar Cielo pegou leve. Até demais, segundo ele próprio. Cansado e dormindo menos do que gostaria, o nadador do Flamengo avançou para a final dos 100m livre no Troféu Maria Lenk com o quinto melhor tempo das eliminatórias (49s27) na manhã desta sexta-feira. À noite, na final, vai nadar apenas na raia 2 (no canto da piscina), mas ainda assim promete puxar o ritmo com outro objetivo: subir o nível na definição da equipe que vai defender o Brasil no revezamento 4x100m em Londres.
- Não tem como não estar cansado. Estou indo dormir lá para meia-noite e acordando às 7h da manhã. Mas foi bem tranquilo. Ainda deu para dar uma relaxada e uma boa soltada no fim. Para dizer a verdade, achei que peguei muito leve. Para o revezamento, é um bom time. Já temos quatro caras abaixo dos 49s, hoje à noite ainda devem surgir mais alguns. O Brasil tem um bom revezamento para fazer uma final. Para medalha ainda é um sonho um pouco distante. Mas estamos evoluindo e vamos ver se eu consigo puxar o ritmo dessa galera na final ? prevê Cielo.
O nadador do Fla não conseguiu nas prévias bater o melhor tempo da sua vida sem os supermaiôs, mas ele e Nicolas Oliveira (48s71) continuam sendo os dois melhores com índice olímpico para representar o país na disputa individual em Londres ? Nicolas foi o segundo das eliminatórias, com 49s09. Bruno Fratus, dono do terceiro melhor índice (48s70), foi o sexto das prévias, com 49s48. A quarta vaga do revezamento por enquanto é de Marcelo Chierighini, do Pinheiros, que liderou as eliminatórias com 48s79 e ganhou certo conforto na disputa.
Há ainda uma vaga de reserva, que Nicholas Santos pegou provisoriamente com os 49s16 das prévias. Marcos Macedo tem a marca de 49s42, mas com 50s29 nesta manhã não avançou à decisão e vai perseguir o tempo na final B à noite. A diferença é que, agora, João de Lucca está à frente dele na briga, com 49s27.
Dono do melhor tempo das eliminatórias, Marcelo Chierighini tirou um peso das costas.
- Eu estava um pouco ansioso. Fiquei a semana inteira esperando por essa prova. Agora estou bem mais tranquilo. Estou muito feliz com esse tempo. E ainda é de manhã. Dá para nadar um pouco melhor hoje à noite. Tirou um pouco o peso das costas, quebrei o gelo ? afirmou o nadador do Pinheiros.
Na prova feminina, quem liderou as eliminatórias foi a americana Jeanette Gray, que nada pelo Corinthians, com 54s33. Nenhuma brasileira nadou abaixo do índice olímpico de 54s57. A segunda das prévias foi Daynara de Paula, com 55s73.
- Eu esperava esse tempo sim. Quando o meu borboleta não vai bem, meu crawl vai. Acho que é psicológico. Mas eu estava me sentindo melhor no crawl mesmo - brincou Daynara.