Chivas joga querendo vingança contra o Inter

Após gripe suína, Chivas busca vingança contra brasileiros e Conmebol

Chivas pode fazer história | Reuters
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O Chivas entra em campo contra o Internacional nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), em Guadalajara, e terá a oportunidade de levar o troféu da Copa Libertadores da América para o México pela primeira vez na história. Além disso, a equipe mexicana pode "vingar" dois carrascos de uma só vez: a Conmebol e os times brasileiros, responsáveis pela eliminação precoce do Chivas na temporada passada. Na ocasião, a equipe enfrentaria o São Paulo, mas acabou dando adeus à competição continental sem nem entrar em campo.

Em 2009, o clube de Guadalajara conquistou uma vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores dentro do gramado, mas não conseguiu disputar a etapa e acabou sendo eliminado por um fator extracampo. O São Paulo, então rival na fase eliminatória, se recusou a ir ao México enfrentar o time mexicano e ganhou o apoio da Conmebol, o que culminou na queda precoce do Chivas.

Na ocasião, o mundo era assombrado por uma pandemia de gripe suína, que matava milhares de pessoas. E a doença começou a expansão justamente no México, o que explica a negativa de a equipe tricolor em atuar no local.

"Vemos com tristeza a ausência de solidariedade e de um verdadeiro Fair Play para determinar esportivamente o ganhador da série", publicou a direção do time mexicano na época, entristecida pela recusa são-paulina.

A Conmebol até tentou realizar os duelos - o Nacional, do Uruguai, também se recusou a enfrentar o San Luís, do México - em jogo único, mas bateu de frente com a rejeição dos "ressentidos" mexicanos.

"Estamos aguargando uma nova posição da Federação Mexicana de Futebol, mas caso eles não aceitem a decisão da partida única, São Paulo e Nacional estarão automaticamente classificados às quartas de final", disse Néstor Benitez, chefe de imprensa da Conmebol, em entrevista à ESPN Brasil na época.

A confusão extracampo resultaria em uma infeliz eliminação das equipes mexicanas, que não tinham culpa das doenças que assolavam o país e, posteriormente, o mundo. Chivas e San Luís se despediam do sonho de conquistar a Libertadores pela primeira vez e voltariam para casa sem precisar nem sair do México.

"Estamos avisando a Conmebol que não vamos mais participar", disse à imprensa na ocasião o presidente da federação mexicana, Justino Compeán.

"Não aceitamos jogar uma partida, não aceitamos mudar a sede, a única coisa que nós aceitamos é que se cumpra o regulamento", frisou o dirigente, visivelmente irritado com a situação.

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