Chama olímpica de Paris acesa: Revezamento começa em busca dos jogos de 2024

Em vez do tradicional branco, os vestidos adotaram tons de cinza inspirados nas colunas gregas.

Cerimônia em que a tocha olímpica foi acesa | REUTERS/Alkis Konstantinidis
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A chama olímpica foi acesa hoje, em uma cerimônia realizada no Templo de Hera, em Olímpia, local dos Jogos na Antiguidade, na Grécia. O fogo icônico das Olimpíadas foi alimentado para iniciar um revezamento envolvendo mais de 10 mil condutores, culminando na iluminação da pira dos Jogos de Paris, durante a cerimônia de abertura em 26 de julho.

Sem sol - Devido às nuvens, a chama não pôde ser gerada pelos raios do sol usando um espelho parabólico, então o plano "B" foi acionado: o fogo produzido pelos raios do sol durante o ensaio da cerimônia de acendimento, realizado na segunda-feira. Dessa forma, a flama mantém seu simbolismo de pureza, representando a paz e a amizade entre as nações.

Trajes - Uma novidade na cerimônia foi a mudança no traje das atrizes que representaram as sacerdotisas do Templo de Hera. Em vez do tradicional branco, os vestidos adotaram tons de cinza inspirados nas colunas gregas.

Tocha - O remador grego Stéfanos Doúskos, atual campeão olímpico do skiff simples, foi o primeiro condutor da tocha olímpica, recebendo a chama das mãos da suma sacerdotisa do Templo de Hera, interpretada por Mary Mina. Ele passou a chama para Laure Manaudou, três vezes medalhista olímpica nos Jogos de Atenas em 2004, incluindo o ouro nos 400m livre. Manaudou foi a primeira francesa a conduzir o fogo simbólico dos Jogos.

Solenidade - Diversas autoridades internacionais estiveram presentes na cerimônia em Olímpia, incluindo Thomas Bach (presidente do Comitê Olímpico Internacional), Katerine Sakellaropoulou (presidente da Grécia), Aristidis Panagiotopoulos (prefeito de Olímpia), Spyros Capralos (presidente do Comitê Olímpico da Grécia) e o ex-canoísta francês Tony Estanguet (tricampeão olímpico e presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Paris).

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Antiguidade - "Nestes tempos difíceis, com guerras e conflitos em ascensão, as pessoas estão fartas de todo o ódio, da agressão e das notícias negativas. Ansiamos por algo que nos una, algo que unifique, algo que nos dê esperança. Nos tempos antigos, os Jogos Olímpicos reuniam as cidades-estado gregas, mesmo durante tempos de guerra e conflito. A chama olímpica representa uma peregrinação ao nosso passado na antiga Olímpia e um ato de fé no nosso futuro. Hoje, os Jogos Olímpicos são o único evento que reúne o mundo inteiro numa competição pacífica. Naquela época, como agora, os atletas olímpicos estão enviando esta mensagem poderosa: sim, é possível competir ferozmente uns contra os outros e, ao mesmo tempo, viver pacificamente juntos sob o mesmo teto", disse Bach.

Remador grego Stéfanos Doúskos correndo com a tocha olímpica. (Foto: REUTERS/Louisa Gouliamaki )

Grécia - Seguindo a tradição olímpica, a tocha vai percorrer inicialmente a Grécia até ser entregue aos franceses em 26 de abril, durante uma cerimônia no Panathenaic, em Atenas, o histórico estádio construído para os Jogos de 1896, os primeiros da era moderna. A chama deixará a Grécia em 27 de abril a bordo do veleiro centenário Belem em direção a Marselha, cidade no sul da França que foi uma colônia grega. Em consonância com o foco na sustentabilidade, a chama cruzará o Mar Mediterrâneo à vela, chegando ao país-sede dos Jogos em 7 de maio.

Rota - O revezamento da tocha terá 68 etapas na França a partir de 8 de maio, passando por 400 cidades francesas. A rota do fogo incluirá até mesmo os territórios ultramarinos da Guiana Francesa, Reunião, Nova Caledônia, Polinésia Francesa, Guadalupe e Martinica. Dessa forma, a chama percorrerá três continentes além da Europa - América, África e Oceania.

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