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Cerro Porteño tem uma semana para responder à Conmebol sobre caso de racismo

Clube paraguaio é alvo de denúncia após ataques racistas na Libertadores Sub-20; Palmeiras exige punição severa

Luighi chorando no banco de reservas após caso de racismo | Foto: Reprodução
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O Cerro Porteño tem até uma semana para apresentar sua defesa à Conmebol sobre o caso de racismo sofrido pelo atacante Luighi, do Palmeiras. O episódio aconteceu na última quinta-feira (7), durante a vitória do time brasileiro por 3 a 0, em partida válida pela Copa Libertadores Sub-20, disputada em Assunção, no Paraguai.

Relembre a entrevista de Luighi:

A denúncia foi encaminhada pelo órgão que regula o futebol sul-americano e o clube paraguaio pode enfrentar punições severas. “O processo está aberto na unidade disciplinar da Conmebol”, afirmou um porta-voz da entidade à agência AFP.

Palmeiras exige exclusão do Cerro Porteño

Torcedores do Cerro Porteño fizeram gestos ofensivos e chamaram jogadores do Palmeiras de “macaco” durante o confronto, provocando revolta. Ao final do jogo, Luighi chorou diante das câmeras, e a cena gerou uma onda de indignação, com declarações de repúdio de autoridades como o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da FIFA, Gianni Infantino. O Palmeiras reagiu com firmeza e pediu a exclusão do Cerro Porteño do torneio.

"Vamos recorrer a todos os meios disponíveis para que o Cerro Porteño, assim como os racistas e criminosos, sejam punidos de maneira exemplar. Na verdade, vamos pedir que a equipe seja excluída da competição"— declarou Leila Pereira, presidente do clube paulista.

A Conmebol também se manifestou oficialmente, condenando o episódio e reforçando seu compromisso com o combate ao racismo no futebol.

Histórico de reincidência pode agravar punição

O Cerro Porteño já esteve envolvido em um caso semelhante há menos de três anos. Em 2022, a Conmebol multou o clube em 100 mil dólares após uma denúncia do Palmeiras, referente a manifestações racistas de torcedores paraguaios contra jogadores brasileiros em um jogo das oitavas de final da Libertadores daquele ano.

Agora, como reincidente, o Cerro pode enfrentar uma sanção ainda mais severa, com multa de até 400 mil dólares, além da exigência de identificar os torcedores responsáveis e implementar medidas concretas contra o racismo.

O caso segue em investigação, e a expectativa é que a Conmebol anuncie uma decisão nos próximos dias.

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