Obviamente, a contratação de Pato passou pelo crivo de Muricy Ramalho.
O treinador terá que administrar uma situação complicada após a chegada do atacante.
Ele sabia disso quando aprovou o negócio.
Ceni é o líder do elenco.
Tem grande influência e livre trânsito no CT da Barra Funda, pois trabalha faz mais de 20 anos lá. O local é quase uma extensão da casa do goleiro.
O camisa 01 não gosta de Pato.
Foi provocado depois de o atacante converter o pênalti na semifinal do paulistinha do ano passado.
Fica clara uma situação:
Em tais circunstâncias, quem chega deve se adaptar ao novo ambiente. Funciona assim em qualquer empresa.
Pato terá que ganhar a confiança do veterano e não conseguirá fazê-lo apenas com palavras.
Rogério é extremamente competitivo, detesta perder, e quer ganhar títulos antes de terminar a carreira.
Tem vivência o bastante para entender quando um colega está concentrado no trabalho ou jogando para a galera nas entrevistas.
Apenas com muita garra, dedicação, seriedade, concentração no futebol e resultados dentro de campo Pato ganhará a confiança e o respeito do goleiro.
Garra, seriedade e concentração são exatamente as virtudes que faltam ao ex-atleta do Inter, Milan e Corinthians.
Se não fosse Muricy Ramalho o treinador são-paulino, eu diria que a chegada de Pato destruiria de vez o já combalido espírito coletivo da equipe.
Como o treinador tem enorme apoio da torcida e muito respeito dentro do São Paulo, pode usar sua força para lidar com a situação.
Fundamental:
Só conseguirá fazer isso caso Pato mude a forma de agir.