Faltando um mês para a primeira convocação da Seleção Brasileira visando a Data Fifa de junho, a CBF mantém a confiança na chegada de Carlo Ancelotti. O treinador italiano voltou a dar sinais de que deseja comandar o Brasil, mas a negociação ainda depende de um aval definitivo do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez.
A entidade brasileira, ciente da reta final da temporada europeia, evita pressões e atua com cautela nos bastidores. A expectativa é de que o desfecho sobre a saída de Ancelotti aconteça após a final da Copa do Rei, no dia 26 de abril, quando o Real enfrenta o Barcelona, em Sevilla. Outro clássico entre os rivais, válido por La Liga, está marcado para 11 de maio, e deve influenciar diretamente na decisão de Florentino sobre o futuro do treinador.
Enquanto isso, a CBF já trabalha com alternativas para cumprir os prazos exigidos pela Fifa. Caso Ancelotti só possa ser liberado após a última rodada do Campeonato Espanhol, prevista para o dia 25 de maio, a entidade deve enviar no dia 18 uma pré-lista com até 55 nomes, validada por um interino,o que pode ser feito por figuras como Ramon Menezes, Rodrigo Caetano, Juan ou o próprio Ednaldo Rodrigues.
Discrição e plano B
Mesmo com o otimismo renovado, a CBF não descarta nomes alternativos. Jorge Jesus e Abel Ferreira seguem no radar em caso de impasse com Ancelotti. A experiência com a frustração em 2023, quando o técnico renovou com o Real, serviu de lição, e agora a entidade age com mais cautela, inclusive com articulações fora do meio esportivo para manter a negociação em sigilo.
O plano traçado prevê que Ancelotti tenha tempo de definir os 23 nomes finais até o dia 2 de junho, data da apresentação para os amistosos contra o Equador (5 de junho, em Quito) e Paraguai (10, em São Paulo). Caso a definição com o italiano se estenda até o limite, a tradicional coletiva de convocação poderá ser substituída por um anúncio direto nas redes sociais da CBF.
Enquanto aguarda o movimento final do Real Madrid, a confederação calcula cada passo para, enfim, concretizar o sonho antigo de ter Carlo Ancelotti no comando da Seleção. Até lá, discrição e planejamento seguem como as palavras de ordem.