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CBF avança por renovação e quer Ancelotti até a Copa do Mundo de 2030

Com a pausa de fim de ano, as tratativas ficam temporariamente suspensas e devem ser retomadas em meados de janeiro.

Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira | Foto: André Durão
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A CBF já trabalha com uma convicção clara após seis meses e oito jogos sob o comando de Carlo Ancelotti: a entidade quer manter o treinador à frente da Seleção Brasileira até a Copa do Mundo de 2030. O que começou como um desejo mútuo manifestado durante a Data Fifa de novembro avançou nas últimas semanas e se transformou em negociação oficial, com a intenção de fechar um novo contrato antes do Mundial de 2026.

Internamente, as conversas são tratadas como naturais e sem urgência. Com a pausa de fim de ano, as tratativas ficam temporariamente suspensas e devem ser retomadas em meados de janeiro. Mesmo assim, a CBF já tem mapeadas as condições e expectativas do treinador para um eventual acordo.

Ancelotti recebe atualmente o maior salário entre técnicos de seleções no futebol mundial, cerca de 10 milhões de euros por ano. O contrato em vigor também prevê um bônus de 5 milhões de euros em caso de conquista do hexacampeonato na Copa de 2026.

Aos 66 anos, o treinador está satisfeito com o modelo de trabalho adotado, que lhe permite dividir o tempo entre a família, no Canadá, e o Rio de Janeiro. O italiano não esconde o desejo de permanecer no cargo e deixou a entidade confortável para definir o melhor momento de tratar da renovação. Diante desse cenário, a CBF optou por não adiar o assunto e já iniciou uma rodada de negociações.

A avaliação da diretoria é de que Ancelotti cumpriu um papel importante ao recolocar a Seleção em um caminho competitivo e elevar as expectativas para a Copa de 2026. O bom relacionamento entre as partes e a adaptação ao ambiente do futebol brasileiro reforçam a confiança em uma continuidade, independentemente do resultado no Mundial que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México.

Por isso, a entidade trabalha para antecipar o acordo como forma de transmitir segurança e tranquilidade ao treinador durante a preparação da próxima temporada. Internamente, a mensagem é clara: o desejo de renovação não está atrelado ao desempenho na Copa.

No mês passado, antes do empate com a Tunísia, em Lille, Ancelotti comentou o assunto em tom bem-humorado e deixou clara a lógica do momento. Segundo ele, não há pressa para decidir, mas um acerto antes do Mundial tende a ser mais vantajoso do que depois.

Carlo Ancelotti assumiu a Seleção Brasileira no fim de maio deste ano. Desde então, comandou a equipe em oito partidas, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. O time marcou 14 gols e sofreu cinco.

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