A eliminação do Real Madrid na semifinal da Liga dos Campeões para o Manchester City pode abrir espaço para a CBF avançar nas negociações com o técnico Carlo Ancelotti. O italiano se mostra peça-chave na lista de treinadores para comandar o elenco da Seleção Brasileira.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, deixou claro que Ancelotti é a principal opção para substituir Tite como técnico da seleção brasileira e pretende intensificar as negociações nos próximos dias. A entidade planeja dar um tempo para o treinador italiano se recuperar emocionalmente após a derrota por 4 a 0 sofrida na última quarta-feira (17).
Ancelotti já havia declarado que pretende permanecer no Real Madrid, clube com o qual tem contrato até meados de 2024. No entanto, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, optou por aguardar o treinador devido a informações recebidas indicando que o italiano estaria aberto a assumir a Seleção Brasileira.
Desde antes da Copa do Mundo no Catar, as partes envolvidas já estabeleceram um contato próximo por meio de intermediários. As conversas entre Ednaldo, Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, e emissários de Ancelotti continuam ocorrendo à distância. No entanto, negociações formais ainda estão pendentes e dependerão do desfecho dos desafios esportivos do Real Madrid nesta temporada, como enfatizou o dirigente.
“Eu procuro ser bastante ético. Não tenho como abordar nenhum treinador que tenha contrato com algum clube. Temos procurado ser pacientes e aguardar o tempo certo para fazermos uma conversa, uma reunião. E isso participando também quem preside o clube e tem contrato diretamente. A partir do momento que recebermos a sinalização de que é uma vontade dele também, partiremos para conversar preparados para o que pode ser um sim ou um não. A partir dali que vamos ter um plano B”, disse o presidente da CBF.
A seleção brasileira retornará em julho aos gramados para disputar amistosos em Portugal e Espanha. A expectativa é que os adversários sejam Guiné e Senegal, com as partidas marcadas para os dias 17 e 20 respectivamente. Há uma tendência de que Ramon Menezes assuma mais uma vez o comando da equipe de forma interina, assim como ocorreu na derrota por 2 a 1 para Marrocos em março.