Nesta sexta-feira (25), a defesa de Edison Brittes Júnior, o empresário que confessou ter assassinado o jogador Daniel, solicitou a inclusão de fala de dois policiais civis afastados entre as testemunhas que serão ouvidas pela justiça em fevereiro na audiência que decidirá se os sete réus no processo de morte do jogador irão ou não a um júri popular.
O advogado da família, Claudio Dalledone Júnior, arrolou Edenir Canton e Helder Soares Padilha entre as 17 testemunhas de defesa de Edison Brittes Júnior. Os dois são policiais civis e respondem processo por homicídio, que corre em segredo de justiça no Paraná.
Edenir Canton e Helder Soares Padilha são acusados do homicídio de Ricardo Geffer em abril de 2015. Outros seis policiais também respondem pelo crime, que para a promotoria se tratou de uma execução. Geffer era suspeito de ter assassinado João Dirceu Nazzari, ex-prefeito de Rio Branco do Sul (PR), em 12 de abril de 2015.
Edenir Canton também aparece em um áudio vazado após a morte do jogador aconselhando Juninho Riqueza sobre escolha de advogado de defesa. Na ocasião, ele conversa com Rafael Pellizzetti, outro advogado e que também foi convocado para testemunhar em fevereiro no caso Daniel.
Entre as testemunhas de Edison também está o gêmeo Eduardo Purkote, o qual chegou a ser preso durante o inquérito policial, mas que não foi denunciado pela promotoria. Com a convocação das testemunhas, a defesa de Edison Brittes Júnior diz que quer esclarecer a relação de seu cliente com as pessoas citadas e traçar um perfil da família Brittes. Além de Juninho, a juíza do caso Luciani Regina Martins de Paula ouvirá Cristiana e Allana Brittes, presas pela morte do jogador.
Daniel passou por grandes clubes do futebol brasileiro, como o Coritiba, Botafogo e Ponte Preta. O meia tinha contrato até dezembro com o São Paulo, que havia emprestado o jogador ao São Bento.