Oito jogadores do Xelajú, clube de futebol da Guatemala, se entregaram nesta segunda-feira à polícia, que os procurava por suposta agressão contra outro membro do clube. Entre os agressores, estão dois brasileiros.
O porta-voz da polícia, Pablo Castillo, confirmou que os jogadores - entre eles os brasileiros Israel Silva e Juliano Rangel - se entregaram nesta segunda-feira às autoridades em Quetzaltenango, a 200 km da Cidade da Guatemala.
O grupo é acusado de ter agredido o jovem jogador Mario Humberto Rodas Ramírez, 14 anos, em dezembro, que fez a denúncia perante as autoridades.
Os outros jogadores envolvidos que se entregaram nesta segunda-feira são os guatemaltecos Edgar Chinchila, 26 anos; Milton Gary Leal, 27; Kevin Eduardo Arreola, 23; Julio Francisco Estacuy, 29; o hondurenho José Alberto Mendoza Paz, 24; e o costarriquenho Sergio Morales.
Os jogadores foram transferidos ao Segundo Tribunal de Primeira Instância da cidade de Quetzaltenango para esclarecer sua situação legal, de acordo com informações oficiais.
Em 20 de dezembro, Ramírez se apresentou para treinar com a equipe principal e para sua surpresa, segundo a denúncia que apresentou perante a Promotoria, vários jogadores o esperavam com tesouras e máquinas para raspar o cabelo em uma espécie de "batismo".
O jogador disse que Silva o agarrou pelo pescoço e Sergio Morales se aproximou para cortar o cabelo, mas o menor reagiu empurrando, fato que deixou o costarriquenho irritado.
Perante a recusa do jogador de ser "batizado", os jogadores, segundo a denúncia, os agrediram e os exames médicos realizados determinaram que sofreu lesões nos órgãos genitais, costas e joelhos. O Ministério Público acusa os jogadores do delito de violência contra menores.
A detenção dos oito jogadores se soma à de William Oroxom, o roupeiro do Xelajú, que foi detido na semana passada e depois posto em liberdade pagando uma fiança, também por supostamente estar envolvido na agressão ao jogador.