Este ano o Brasil vai ganhar mais medalhas do que nunca em uma Olimpíada, superando sua marca histórica nos Jogos. Quem aposta no desempenho extraordinário é o banco americano Goldman Sachs. Os economistas da instituição fizeram uma previsão sobre o desempenho de 50 países que estarão na Rio 2016, baseando o estudo em variáveis macroeconômicas e relações estatísticas. Para o Brasil, o estudo aponta que serão cinco ouros e um total de 22 medalhas. Na edição passada, os brasileiros voltaram com três ouros e 17 medalhas – o recorde do país.
Os números parecem frutos de mera adivinhação, mas o estudo do Goldman Sachs foi posto à prova em Londres 2012 e se mostrou plausível. Os economistas cravaram o total de medalhas da Grã-Bretanha (65) e acertaram os ouros de 10 dos 11 principais países da lista. Mas como eles chegaram a essa previsão? Levando em conta as condições de crescimento econômico de um país, o tamanho da população e uma avaliação do ambiente político e institucional. O Brasil, apesar de enfrentar uma crise nas áreas política e econômica, será o pais com maior evolução no número de medalhas conquistadas dentre 50 países, de acordo com o estudo , que dá um peso maior ao Brasil por ser a sede dos Jogos.
Os economistas americanos tiveram de ajustar a pesquisa para a Rússia – país que tradicionalmente fica entre os cinco primeiros lugares no quadro de medalhas –, já que o escândalo de doping deixou muitos competidores fora da Rio 2016. As estatísticas preveem que a Rússia terá no máximo 58 medalhas, 24 a menos que na última edição. Até o momento, mais de 100 atletas em várias modalidades foram suspensos dos Jogos.
Apesar do provável êxito brasileiro no esporte, os analistas indicam que os Jogos Olímpicos farão pouco para estimular o crescimento econômico do país. Os cerca de US$ 10 bilhões aplicados em infraestrutura e logística são insignificantes para causar impacto em uma economia de US$ 1,8 trilhão, dizem os especialistas.