Bruno Senna é o segundo piloto de uma equipe em baixa. Fechou só um ano de contrato. Felipe Massa corre à sombra de Fernando Alonso. Tem seis meses para mostrar serviço em uma escuderia que busca voltar ao topo. Seu contrato acaba neste ano.
Desde que Rubens Barrichello assinou com a Ferrari em 2000, o futuro brasileiro na F-1 nunca foi tão incerto, sem nenhum piloto com contrato já acertado para o próximo ano. Com isso, o país pode começar a temporada 2013 sem ninguém no grid.
Quando chegou para pilotar no time italiano, com Michael Schumacher como protagonista, Barrichello ganhou dois anos para se firmar. Ficou até ceder seu lugar a Massa, em 2006.
Desde que chegou à equipe como promessa naquele ano, Massa já esbarrou no título ao ser vice em 2008.
Mas decaiu nas duas últimas temporadas --ficou em sexto lugar em ambas. Sinal para a Ferrari dar o ultimato: tem até o meio do ano para mostrar que merece a vaga.
A escuderia, que tem sido eclipsada pela Red Bull, não vai esperar o fim do Mundial para definir a renovação do contrato do brasileiro.
Já Bruno conseguiu seu lugar no grid do campeonato que começa em março, na Austrália, graças ao talento que já demonstrou. E, principalmente, ao patrocínio que levou à Williams, com Embratel e OGX, de Eike Batista. Seu contrato é de apenas um ano.
A Williams, hoje mediana, recorre a pilotos que pagam para correr como forma de repor a perda de investidores.
Neste ano, a AT&T encerrou seu patrocínio à equipe. Segundo a imprensa europeia, a empresa de telefonia investia cerca de US$ 7 milhões por temporada (cerca de R$ 12,4 milhões).
Os apoiadores de Bruno representariam aporte de aproximadamente R$ 18 milhões.
O primeiro piloto da Williams é Pastor Maldonado, venezuelano que fará sua segunda temporada com apoio do governo de seu país.