A seleção brasileira feminina nem precisou jogar tão bem como nas três primeiras partidas da fase final do Grand Prix, em Tóquio, para derrotar a Holanda, por 3 sets a 1, na madrugada deste sábado (no horário de Brasília), e ficar a uma vitória do seu oitavo título na competição. Com parciais de 25/22, 18/25, 25/20 e 25/16, as campeãs olímpicas se mantiveram invictas, com 13 jogos e 13 triunfos, e se derrotarem as japonesas neste domingo festejarão mais um título.
Coincidentemente, no mesmo dia em que completarão 1 ano da conquista da medalha de ouro de Pequim. A partida contra o Japão será a última da quinta e última rodada da fase final, às 7h30m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV.
E as brasileiras poderão entrar em quadra já com a taça na mão, caso as russas percam, no jogo de 3h30m, para as holandesas, que não têm mais como chegar ao título. Matematicamente, Brasil e Rússia são as únicas equipes com chances de conquista.
A seleção brasileira, porém, tem a vantagem de 32 pontos sobre as russas, vice-líderes na classificação geral. Para a Rússia, será preciso vencer por uma grande margem de pontos e depois torcer para que o Brasil perca por muita diferença. Só assim, poderá tentar o título nos critérios de desempate. Antes, no primeiro jogo da rodada, às 1h30m, Alemanha e China, que não têm mais chances, se enfrentam.
O Brasil começou bem, mas o jogo era equilibrado e depois de dois erros seguidos, de Fabi e Natália, a Holanda virou para 4 a 3. As brasileiras se desconcentraram e deixaram as adversárias abrirem três pontos de vantagem (7 a 4). Para a primeira parada técnica, as holandesas foram à frente no marcador: 8 a 6.
O time brasileiro não repetia as boas atuações anteriores, e as holandesas se aproveitaram para voltar a ter três pontos de diferença no placar: 10 a 7. Quando a Holanda fez 12 a 8, o técnico José Roberto Guimarães pôs Sassá no lugar de Natália, que errava passes e não era tão eficiente no ataque como vinha acontecendo. A modificação melhorou o time, que encostou em 12 a 13.
Mas os erros se sucediam e após uma recepção completamente equivocada de Mari, as holandesas fizeram 15 a 12. O Brasil voltou ao jogo após a segunda parada técnica e conseguiu virar para 18 a 17 e abrir para 19 a 17, após erro de ataque holandês. O suficiente para o técnico Avital Selinger pedir tempo. A Holanda manteve o equilíbrio do jogo, sem deixar que o Brasil escapasse no marcador.
O bloqueio brasileiro funcionava bem e mantinha o time na frente, mas uma cortada de Mari, que significaria o 24º ponto brasileiro, foi dado como bola fora pelo árbitro, sob protestos das jogadoras e de Zé Roberto. Assim, o placar ficou em 23 a 22 para as brasileiras. O time do Brasil manteve a calma e conseguiu fechar em 25 a 22 após um belo bloqueio no meio da rede.