“Eu fiquei em sexto lugar no Rio-2016. Represento o Brasil há cinco anos, é um grande desafio para mim, eu não parei depois das Olimpíadas porque eu queria fazer um resultado para o Brasil, e mostrar para o Brasil que eu estou aqui para eles, e não para conseguir um caminho fácil para ganhar”, declarou Nathalie para a Federação Internacional de Esgrima.
"O time brasileiro e os brasileiros no geral são os melhores torcedores. Eu lembro que nas Olimpíadas o ginásio parecia um estádio de futebol, era tão animador. E eles são novos, é um time novo, e eu queria ser um exemplo, e talvez ajudar a desenvolver a esgrima no Brasil, então sei que eles estão felizes por mim e foi uma grande emoção para mim”, completou.
A atleta também comentou sobre uma etapa difícil de sua vida, que a motivou para se preparar para o Mundial. “Eu perdi meu pai no ano passado e ele sempre me dizia que a vida é mágica. Ele me dizia para nunca desistir, nunca, nunca, nunca desistir na vida, que ela é mágica. O que está acontecendo é que eu nunca desistir porque eu queria mostrar para ele que eu poderia vencer porque ele sempre acreditou em mim, isso é para ele, lá no céu”, contou.
A esgrimista conquistou o ouro do Mundial em Budapeste, na Hungria, na categoria individual de espada feminina ao vencer na final a chinesa Sheng Lin por 13 a 12 no golden point. Nathalie chegou ao Mundial na 22ª posição do ranking feminino da esgrima vai subir algumas posições com o título mais importante da carreira. Sua adversária na final, a chinesa Sheng Lin era a 13ª do mundo e também deve subir com o vice-campeonato. A ucraniana Olena Kryvytska e a honconguesa Vivian Kong ficaram com o bronze.
“Eu gostaria de agradecer o presidente da federação internacional porque ele me escreveu os segredos dele para o sucesso, que são: confiança, modéstia, calma e paciência, e eu adicionei um que foi coragem, e este foi o meu segredo hoje”, completou.