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Brasil estreia na Copa do Mundo 2026 contra rival que virou sensação mundial

O último encontro entre as equipes em Copas aconteceu em 1998, quando o Brasil venceu por 3 a 0 rumo ao vice-campeonato.

Vini Jr tenta escapar da marcação de defensores do Marrocos durante amistoso | Foto: FADEL SENNA / AFP
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O primeiro adversário do Brasil na Copa do Mundo de 2026 já está definido, e o confronto promete exigir atenção máxima da seleção. No sorteio realizado nos Estados Unidos, sede do torneio, a Fifa anunciou que o Brasil fará sua estreia no dia 13 de junho contra Marrocos, integrante do grupo C ao lado de Haiti e Escócia. A presença marroquina chama atenção porque eles chegam como o rival mais forte da primeira fase.

O último encontro entre as equipes em Copas aconteceu em 1998, quando o Brasil venceu por 3 a 0 rumo ao vice-campeonato. Antes, em 1997, também saiu vitorioso em um amistoso por 2 a 0. Mas o tempo mudou o cenário. Desde então, o futebol de Marrocos evoluiu de forma consistente e deixou marcas mais recentes na seleção brasileira que não são exatamente positivas.

A seleção marroquina foi justamente o primeiro time a enfrentar o Brasil após a eliminação na Copa de 2022. Naquele Mundial, Marrocos protagonizou a campanha mais surpreendente da edição, alcançando a semifinal pela primeira vez. No reencontro, em 2023, venceu o Brasil por 2 a 1, ainda sob o comando interino de Ramon Menezes, acentuando a sensação de que o duelo de estreia em 2026 será bem mais desafiador do que os números históricos sugerem.

Marrocos soma seis participações em Copas do Mundo, entre 1970 e 2022, mas foi no Catar que viveu seu auge. Liderou um grupo difícil com Croácia, Bélgica e Canadá, eliminou a Espanha nas oitavas, superou Portugal nas quartas e tornou-se a primeira seleção africana e árabe a chegar a uma semifinal. Depois das derrotas para França e Croácia, encerrou sua participação em um histórico quarto lugar, impulsionado pela força de uma torcida que tomou os estádios.

O elenco atual também ajuda a explicar por que Marrocos se consolidou como uma potência emergente no cenário internacional. Achraf Hakimi, estrela do Paris Saint-Germain, é o líder técnico do time, combinando velocidade, apoio ofensivo e regularidade. No meio-campo, Sofyan Amrabat mantém a intensidade que virou marca registrada desde a Copa, enquanto o goleiro Bono segue como ídolo nacional e peça-chave na consistência defensiva.

A defesa soma experiência e firmeza com Romain Saïss e Nayef Aguerd, além da versatilidade de Mazraoui, do Bayern. No setor criativo, Ziyech continua sendo o principal articulador, acompanhado por Boufal e pelo jovem Ounahi, que acrescenta mobilidade e drible. No ataque, En-Nesyri mantém seu papel como referência e finalizador eficiente. Esse conjunto de nomes forma a espinha dorsal de uma seleção comandada por Walid Regragui, conhecida pelo equilíbrio, intensidade e capacidade de adaptação.

A história marroquina em Copas começou em 1970, quando o país conquistou seu primeiro ponto ao empatar com a Bulgária. Em 1986, viveu o primeiro grande marco ao liderar um grupo com Inglaterra, Polônia e Portugal, tornando-se a primeira seleção africana a chegar às oitavas, em uma eliminação definida nos minutos finais contra a Alemanha Ocidental. Os anos 1990 trouxeram duas participações consecutivas, incluindo a vitória por 3 a 0 sobre a Escócia em 1998, mas a classificação não veio após a virada da Noruega sobre o Brasil em outro jogo da chave.

Após um intervalo de vinte anos, Marrocos retornou em 2018 com boas atuações, mas sem avançar. Em 2022, fez história e reescreveu seu papel no futebol mundial.

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