Quando Thaisa mandou sua pancada pelo meio, todo o resto virou mera formalidade. Dependesse dos números, a festa já poderia ter tomado a quadra do ginásio de Sapporo ali, no último ponto do segundo set. Mas as meninas souberam esperar. Depois de um jejum de três anos, o maior vencedor do Grand Prix voltou a se mostrar soberano na madrugada deste domingo. E de forma implacável. Diante da China, o Brasil apressou os passos para garantir seu nono título. Sem perder sets em toda a fase final, a seleção contou com atuações perfeitas de Sheilla e Dani Lins para vencer as rivais por 3 a 0, parciais 25/15, 25/14 e 25/20, em 1h13m.
Não houve ginásio cheio, pressão da torcida ou mesmo um clima de final. O Brasil ainda contou com uma ajuda extra do lado de lá. Com sua principal jogadora, a jovem ponteira Ting Zhu, de 18 anos, poupada pela técnica Lang Ping, a China pouco conseguiu fazer diante das campeãs. Quando ensaiou uma reação, no terceiro set, pareceu perceber que já não dava mais tempo para mudar o rumo da competição. Assim, a seleção, que poderia até perder por 3 a 2, acabou com a soberania dos Estados Unidos, que levou as últimas três edições do campeonato, e chegou ao nono título. Antes, as brasileiras haviam vencido em 1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008 e 2009.