Muito do brilho dos clássicos disputados entre Botafogo e Santos nas décadas de 60 e 70 vinha das estrelas formadas nos próprios clubes. Enquanto os paulistas mantiveram essa tradição ao longo dos anos, os cariocas ficaram para trás. Agora, o Glorioso tenta retomar a saudável rotina de produzir talentos.
Ainda longe de revelar o novo Neymar, o clube já colhe os frutos de um esforço que se intensificou em 2013, com a adoção de um manual de orientação e metodologia. Nele, consta toda a filosofia que deve guiar a formação do próximo Ribamar ou Leandrinho — destaques da última safra, que ganharam uma chance na equipe principal.
— Temos relatórios individuais para avaliarmos necessidades extracampo, como acompanhamento de psicóloga ou nutricionista; e coletivos, onde identificamos evoluções de jogo — explicou o gerente-geral da base, Eduardo Freeland.
Implementar um modelo único de atuação para o profissional e as categorias inferiores não está nos planos. O clube reconhece que o esforço não faria sentido em um mercado que tritura treinadores em tempo recorde.