Boneco de Ronaldinho Gaúcho encalha e deve ser banido; veja

Boneco miniatura do jogador vende pouco mais de sete mil peças e será retirado da loja do Fla.

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Ronaldinho Gaúcho em sua versão natural, como pessoa física, virou alvo da ira da diretoria do Flamengo; Ronaldinho Gaúcho em versão de bonequinho, primeiro produto lançado em parceria com o Rubro-Negro, encalhou e será retirado das prateleiras da Fla-Boutique. A versão em miniatura do ex-camisa 10, com o preço de R$ 49,90, aparece em promoção em alguns sites e vendeu pouco mais de sete mil unidades. Na loja da Gávea, alguns bonecos sobrevivem, mas estão com os dias contados e serão retirados da prateleira no início da semana.

O boneco de Ronaldinho Gaúcho foi lançado no dia 30 de setembro de 2011, mas não caiu nas graças do torcedor rubro-negro. Até o momento, as pouco mais de sete mil unidades comercializadas geraram uma renda em torno de R$ 350 mil. Como ainda existem miniaturas à venda, o total ainda não foi fechado, mas, segundo representantes de vendas da empresa TotToys, não deve ultrapassar essa cota. Em alguns sites de vendas, o preço sugerido de R$ 49,90 caiu para R$ 39,90.

Na Gávea, um dos vendedores disse que já recebeu a orientação para retirar a miniatura que estava encalhada antes mesmo de o jogador entrar na Justiça contra o clube, na última quarta-feira. No fim da tarde de sexta, ao ver o boneco de Ronaldinho quase ao lado de uma foto de Zico, o torcedor Marcos Moraes não resistiu.

- Tão perto e tão longe... Camisa 10 era na época de Zico. Esse sim, mais do que um boneco, deveria ter uma estátua ? sugeriu o torcedor, que fez questão de esclarecer que não estava na Fla-Boutique para comprar camisa com o nome de Ronaldinho.

E as toalhas licenciadas de Ronaldinho enxugam as lágrimas de um provável prejuízo. Responsável pela fabricação das toalhas personalizadas do ex-camisa 10 da Gávea, a Bouton/Buettner revelou que, antes mesmo do rompimento, a queda na vendagem em 2012 foi acima de 50%. E um dos responsáveis pelo produto aponta o motivo, mas ainda não sabe o que fazer com as peças do estoque.

- Temos um contrato em vigência, não sabemos como vai ficar. Esperamos um posicionamento oficial com Flamengo para saber que medidas tomar. O contrato vai até o final de agosto. Preciso conversar com o departamento de marketing do clube para saber o que fazer. Já somos licenciados em outros produtos, temos uma boa relação. Mas a venda da toalha do Ronaldinho já tinha caído por conta dos problemas entre o jogador e o clube. Vendemos próximo a 30 mil toalhas, mas, neste ano, talvez apenas a metade do ano passado - afirmou Sérgio Lombardi, diretor comercial da Bouton Indústria e Comércio.

Na primeira quinzena de maio, já com a indisposição entre Flamengo, Ronaldinho/Assis, o departamento de marketing do Rubro-Negro comemorou o lançamento de mochilas, malas e porta-chuteiras de R10.

- Nós nunca paramos de trabalhar para lançar produtos da linha Flamengo/Ronaldo. Já havíamos colocado no mercado três produtos, outros três chegaram agora às lojas e ainda temos muito outros que chegarão em breve. Temos negociações avançadas para lançar canecas, canetas, mouse pads e chaveiros. No próximo mês, lançaremos ainda uma linha de chinelos - afirmou Henrique Brandão, vice-presidente de marketing do Flamengo, em declaração publicada no site oficial do clube.

Mochila personalizada, com assinatura de Ronaldinho (Foto: Assessoria de Imprensa do Flamengo)

A empolgação durou pouco. Os chinelos ficaram pelo caminho e nem serão colocados à venda.

A partir de agora, os contratos em relação a produtos licenciados de Ronaldinho, que envolvem as assinaturas de Assis e do Flamengo, terão que ser revistos, já que na última quarta-feira o jogador entrou na Justiça e deixou o clube. E para trás deixou também milhares de peças encalhadas.

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