O programa Bolsa Atleta 2023 alcançou um patamar sem precedentes na sua história, com o objetivo de incentivar o esporte de alto desempenho no Brasil. A lista dos beneficiários foi divulgada nesta terça (18), no Diário Oficial da União, e inclui 7.868 atletas, o maior número desde o início dos pagamentos em 2005. Isso representa um aumento de quase 20% em relação ao edital de 2022, que contemplou 6.419 atletas.
A ministra do Esporte, Ana Moser, expressa grande satisfação em relação ao recorde alcançado no número de contemplados pelo Bolsa Atleta durante o primeiro ano de sua gestão. Ela acredita que essa iniciativa é uma aposta significativa na política esportiva do país, que certamente terá efeitos positivos para os atletas brasileiros por muitos anos, especialmente considerando que 65% dos beneficiários são jovens de até 23 anos de idade.
No ano de 2023, que marca o ressurgimento do Ministério do Esporte, o programa Bolsa Atleta oferece suporte financeiro para 5.898 atletas olímpicos e 1.970 atletas paralímpicos. Dentre o número total de beneficiários, 3.478 (44,2%) são do sexo feminino e 4.390 (55,8%) são do sexo masculino.
Ao ser dividido por faixa etária, quase 65% dos contemplados são jovens de até 23 anos, indicando um foco na nova geração. A maior parte dos beneficiários são atletas entre 14 e 18 anos, totalizando 3.236 contemplações. Em seguida, vêm aqueles entre 19 e 23 anos (1.857), seguidos por atletas de 29 a 38 anos (1.032), de 24 a 28 anos (920), de 38 a 48 anos (577), de 49 a 58 anos (189) e, por último, os com mais de 59 anos, que correspondem a 57 atletas contemplados.
Segundo Ana Moser, esse sucesso marca a retomada do Ministério do Esporte com estilo, fortalecendo a aposta no futuro dos atletas do Brasil.
A adesão e envio de documentos são realizados por meio online. Somente neste ano, desde o início do período de inscrição em fevereiro, mais de 187 mil mensagens foram recebidas pelo Ministério do Esporte por meio do canal do WhatsApp. Adicionalmente, a equipe do Ministério enviou mais de 29,6 mil e-mails e recebeu 1.456.
O programa de patrocínio direto Bolsa Atleta é destinado a atletas com idade mínima de 14 anos e é considerado um dos maiores do mundo. O programa é dividido em cinco categorias diferentes. A categoria Nacional é a que terá mais beneficiados neste edital, sendo que ela oferece um pagamento mensal de R$ 925 para 5.134 atletas. A categoria Internacional vem em seguida, com 1.431 atletas e bolsas no valor de R$ 1.850.
Depois vem a categoria Estudantil, que contempla 567 atletas e paga R$ 370. A categoria Atleta de Base vem em seguida, com 378 atletas e também R$ 370 em bolsas. Por fim, a categoria Olímpico e Paralímpico tem 358 atletas e paga R$ 3.100 em bolsas.
As entidades nacionais de administração do esporte, incluindo o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e outras confederações, são responsáveis por selecionar os atletas elegíveis ao Bolsa Atleta. Para isso, elas levam em consideração os resultados esportivos do ano anterior, ou seja, de 2022.
O programa Bolsa Atleta possui uma categoria denominada Pódio, que é voltada para atletas de alto nível, classificados entre os 20 melhores em seus respectivos rankings mundiais. Esses atletas recebem benefícios financeiros que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais.
É importante ressaltar que a categoria Pódio possui um edital específico, que será divulgado em breve. Para o ano de 2023, o orçamento destinado à execução do programa como um todo é superior a R$ 120 milhões.
A força e amplitude do programa de apoio do Governo Federal aos atletas pode ser atestada pelo desempenho do Brasil nos dois maiores eventos esportivos mundiais: os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos. Em 2021, durante as competições em Tóquio, cerca de 80% dos membros da delegação olímpica e 95% da paralímpica eram beneficiários do Bolsa Atleta.
Com um total de 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes) conquistadas em 13 modalidades, o Brasil se classificou em 12º lugar no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos. Notavelmente, em 19 das 21 premiações (90,45%), os atletas foram agraciados com o Bolsa Atleta.
Durante os Jogos Paralímpicos, o país conquistou um total de 72 medalhas, incluindo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, o que lhe garantiu o sétimo lugar no quadro geral de medalhas. É importante ressaltar que os atletas beneficiados por bolsas representaram 68 das 72 conquistas de pódio, o que equivale a impressionantes 94,4% do total.
Marta Sobral, secretária nacional de Alto Desempenho do Ministério do Esporte, afirmou que não há dúvidas quanto à importância do Bolsa Atleta. Ela ressaltou que os números evidenciam a eficácia desse programa em impulsionar o desempenho esportivo dos atletas brasileiros. A meta para os Jogos de Paris em 2024 é superar os recordes anteriores, fornecendo um apoio ainda mais significativo aos atletas e aumentando as chances de medalhas para o Time Brasil.